Redução de hemoglobina: risco para lesão renal aguda após revascularização do miocárdio

Abstract

Objetivo: verificar se a redução da taxa de hemoglobina no pós-operatório de revascularização do miocárdio interfere na função renal dos pacientes. Método: estudo observacional e prospectivo, desenvolvido entre fevereiro e junho de 2016, com 51 pacientes que realizaram cirurgia de revascularização do miocárdio em um hospital especializado em cardiologia do Distrito Federal. Os dados foram coletados por meio de um instrumento estruturado. O teste exato de Fisher, Qui-quadrado e Kruskal-Wallis foram empregados para análise estatística. Considerou-se significativo resultados com p≤0,05. Projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética, protocolo 44999215.9.0000.0026. Resultados: Entre os pacientes, 45 (78,9%) evoluíram com lesão renal aguda após revascularização do miocárdio. Idade mais elevada (64±9 anos, p=0,05), tempo de circulação extracorpórea (p=0,05), índice de massa corporal (p=0,02), uso de antibióticos (p=0,03) e redução da taxa de hemoglobina (p=0,04), contribuíram para lesão renal aguda. Conclusão: a redução da taxa de hemoglobina foi associada estatisticamente à lesão renal aguda após revascularização do miocárdio.

Análise de lesão renal em pacientes de terapia intensiva com diagnóstico de COVID-19 em uso de antibióticos

“…Já a hemoglobina quando sofre diminuição, faz com que o paciente necessite de transfusão sanguínea, o que gera uma resposta pró-inflamatória, prejudicando a distribuição de oxigênio ao parênquima renal aumentando o estresse oxidativo nos tecidos. Isto em associação com comorbidades préexistentes aumenta a predisposição do paciente desenvolver LRA (Duarte et al, 2020).…”

Skills and Perfusion Nurses in Myocardial Revascularization Surgeries: Integrative Review

“…A ECMO é um sistema temporário mecânico e fechado, que tem por objetivo ofertar suporte cardiorrespiratório e cardiovascular, sendo implementado quando existe uma falha no funcionamento dos pulmões ou coração, exigindo uma intervenção para que ocorra a oxigenação do sangue e possibilite a recuperação dos órgãos primariamente acometidos, garantindo a perfusão tecidual adequada, enquanto ocorre a recuperação dos órgãos afetados que são responsáveis pela função vital, considerando a falência que o cliente apresenta, permitimos a realização do procedimento por meio de dois dispositivos de configuração, ECMO venovenosa (VV) ou ECMO venoarterial (VA) (24).…”

“…Lesão renal após a CEC, apresenta-se como risco de morbimortalidade e alto custo no tratamento, acredita-se que a redução de hemoglobina, decorrente da hemólise e o aumento da hemoglobina plasmática volêmica agressiva, contribuem para essas complicações. Condições multifatoriais podem auxiliar para o desenvolvimento da Lesão Renal Aguda (LRA), evidenciado por desencadear hipóxia renal e elevar o consumo de oxigênio e estresse oxidativo tubular renal, considerado complicações e implicações para enfermagem durante a assistência prestada (24,26).…”

“…As intervenções de enfermagem fazem parte desse processo, e refletem o nível de complexidade do cuidado. O enfermeiro, como responsável pela assistência direta e indireta aos pacientes submetidos à ECMO, deve estar atentos desde a admissão até a alta do cliente, mantendo todos os cuidados necessários e específicos, para a detecção precoce e consequentes intervenções para as possíveis complicações que venham a ocorrer durante a internação (25,27,24). É fundamental o cuidado e a melhora no estilo de vida dos clientes submetidos a cirurgia de RVM, visando o aumento do autocuidado, onde foi observado alterações biopsicossociais, os enfermeiros desempenham um papel importante na estruturação da assistência de enfermagem e elaboração de estratégias, e a abordagem deve ser individualizada e centrada no cliente, visando o cuidado não de forma unilateral, e sim centrado no cliente (29).…”

Intervenções Adotadas Pela Enfermagem Frente Às Principais Complicações No Pós-Operatório De Cirurgias Cardíacas Com Uso De Circulação Extracorpórea Em Adultos

“…É importante ressaltar que destes pacientes que desenvolveram LRA 80% já tinham hipertensão arterial sistêmica (HAS) e DM, o que é conhecido pela literatura como fatores desencadeantes de lesão renal. Entretanto, não foi observada uma correlação estatística significativa entre essas afecções e o desenvolvimento da LRA 7 .…”