Redes De Atenção À Saúde Como Produtoras De Cuidado Em Saúde Mental: Uma Análise Reflexiva

Abstract

RESUMOObjetivou-se analisar a produção científica brasileira acerca das redes de atenção à saúde (RAS) para o cuidado em saúde mental. Trata-se de um estudo bibliográfico com abordagem reflexiva acerca da temática do cuidado integral nas RAS no período de 2012 a 2016. Foi realizado um levantamento na biblioteca eletrônica Scielo, utilizando as palavras-chaves: Redes de Atenção à Saúde; Atenção Primária à Saúde e Atenção à Saúde Mental, sendo encontrados 51 artigos, que, após a leitura dos títulos e resumos, resultaram em 24 artigos para serem analisados. Mapeou-se quantitativamente a produção científica publicada acerca da RAS e foram identificados os significados e sentidos que constituem a produção selecionada. Utilizou-se da Análise Categorial Temática para inferência dos resultados, abordando as redes de cuidado com enfoque na integralidade, no processo de cuidado, reflexões, entraves e estratégias, além da formação dos profissionais de saúde com foco nas suas contribuições e seus desafios. As relações interligadas e preconizadas em redes de saúde ainda não foram consolidadas em sua totalidade, o que tem dificultado a concretização do cuidado integral à saúde, principalmente quando se refere à rede de saúde mental.

Motivations of user access in situations characterized as non-urgent ready / Motivações do acesso de usuários em situações caracterizadas como não urgência em pronto atendimento

“…Reception is a device to operate work processes and is considered a space to listen to problems and guide users, but is criticized by them for controlling what is most expected, the consultation with the doctor. 13 The demands of users are linked to individual or specific criteria, which, through the perception of urgency, define the type of service that will be sought. Therefore, users adjust the PA service offer to their vital, family or work context, structuring, from then on, their demands.…”

A educação permanente como instrumento para o matriciamento em saúde mental

“…Essa conduta diminuía o distanciamento entre os profissionais da atenção primária e a saúde mental" (Dantas, & Passos, 2018, p. 208). É comum encontrarmos profissionais da atenção básica que possuem dificuldade no manejo a pacientes com transtornos mentais (Silveira et al, 2018), corroborando com a importância de investirmos no encontro regular, entre rede de referência e rede especializada para diminuir os impasses da assistência a essa população.…”

“…Os encontros que potencializam o diálogo entre os profissionais reverberam em um cuidado contemporâneo, se sabe que casos leves de saúde mental devem ser assistidos na atenção primária, entretanto, é comum que as equipes desses serviços não se sintam autorizadas a realizar o cuidado (Silveira et al, 2018), os encontros regulares com o especialista possibilita que com o tempo os trabalhadores se empoderem do cuidado "assim, psicólogo e psiquiatra cederiam lugar para que as equipes de saúde da família assumissem a referência dos casos, e acionassem o apoio em caso de necessidade" (Dantas & Passos, 2018, p. 215).…”

Atenção integral na percepção dos profissionais da estratégia saúde da família

“…20 It is pointed out that integrated and intersectoral projects to overcome these challenges are essential in reference and counterreferral procedures in order to invest in the care network as a care producer. 21 It is understood that health care managers and coordinators need to look at PHC as a care organizer to provide, through the promotion and actions of articulation of the mental health network, skills that enable care, but stimulate family care through activities that include prevention and promotion in strengthening social links and citizenship of the mentally ill. 22 Acrescenta-se que a integração das ações e a organização dos serviços no território e na rede de atenção psicossocial favorecem a desinstitucionalização dos portadores de transtorno mental severo e persistente.…”