Reconhecimento Social, Identidade e Linguagem: Primeiros Fragmentos de uma Pesquisa Sobre Perspectivas Teóricas Atuais no Contexto da Psicologia Social

Abstract

Este trabalho se propõe apresentar as reflexões que levaram à formulação do projeto de Iniciação Científica que dá título ao presente texto. Este projeto de Iniciação Científica é vinculado ao projeto “Identidade e Reconhecimento: uma análise das principais teorias da atualidade e suas apropriações pela Psicologia Social Crítica para pensar a incorporação do Outro na esfera pública”, financiado pela FUNCAP e coordenado pelo Prof. Dr. Aluísio Ferreira de Lima, da UFC. Apresentar-se-á uma problematização do ideal de ciência proposto na modernidade – por filósofos como Galileo, Descartes, Bacon e Comte – e serão levantadas questões sobre as implicações ético-políticas de tal ideal, considerando a produção de conhecimentos como algo que pode servir à regulação de possibilidades humanas ou à emancipação humana. Serão trazidas considerações teóricas sobre a dinâmica entre o reconhecimento social e a constituição da identidade e em seguida será abordado o problema das classificações nosológico-psiquiátricas para a identidade dos sujeitos. Com essa pesquisa, portanto, busca-se trazer mais subsídios para a discussão sobre a Identidade e o Reconhecimento que já vem sendo realizada pela Psicologia Social Crítica brasileira por pesquisadores tais como Antonio Ciampa (1987), Juracy Almeida (2005) e Aluísio Lima (2010).
 Palavras-chave: Identidade, Reconhecimento, Psicologia Social Crítica

Contribuição da universidade sénior para o bem-estar e qualidade de vida

“…O aparecimento de Universidades para a Terceira Idade, no âmbito de políticas educativas e da premissa de Aprendizagem ao Longo da Vida, constitui resposta direcionada à população idosa (Jacob et al, 2018). Neste estudo, constatámos que os participantes percecionam a frequência da US como tendo um impacto positivo na sua QdV e bem-estar, tal como observado em estudos anteriores (e.g., Cachioni et al, 2017;Gonçalves & Neto, 2013).…”

“…A esfera dos relacionamentos interpessoais, por meio da convivialidade, amizades e integração social, bem como da aprendizagem representam os principais ganhos obtidos através da participação na US, e fontes de satisfação segundo os próprios, e podem ser vistos como domínios em que a QdV destes idosos é promovida. Estes resultados vão no mesmo sentido de outros estudos que mostram que a frequência de programas educativos para idosos se relacionada com melhorias no autoconceito intelectual (Díaz-López et al, 2017), nas relações sociais (e.g., Gonçalves & Neto, 2013) e no autoconceito social (Díaz-López et al, 2017). Tal afigura-se um dado promissor, dado que a participação em grupos sociais aumenta a satisfação com a vida, diminuindo sintomas depressivos (e.g., Li et al, 2018) e podendo melhorar o autoconceito, incrementar emoções positivas e sustentar objetivos pessoais (Gable & Bromberg, 2018).…”

O cuidado como exercício de direito à saúde e à vida de mulheres migrantes usuárias do SUS

“…E como dita identidade intervém no tratamento que receberam das outras pessoas, se são ouvidas, consideradas e incluídas nos órgãos de atendimento à saúde, na formulação e execução de políticas públicas; ou pelo contrário são excluídas ou discriminadas, vítimas do machismo, xenofobia, racismo, LGBTQI+fobia e outras violências, como a falta de acesso a meios de vida. Tal como menciona José Umbelino Gonçalves Neto e Aluísio Ferreira de Lima (2010):…”