Re-primarização revisitada:

Abstract

A produção argentina de soja da década de 1990 até a década de 2010 mostrou grandes mudanças, tantonas técnicas de produção, quanto nas relações de “pingue-pongue” entre o agronegócio e os governosnacionais. O objetivo deste artigo é apresentar uma nova perspectiva, baseada em estatísticas, sobrea produção de soja na Argentina. Analisamos as variáveis de inovação tecnológica, previsão do tempo,preço, expansão territorial e o papel do Estado, para mostrar a extensão de suas influências na tomadade decisões por parte dos representantes do agronegócio e para subsequente produção e exportaçãode soja. Como resultado, mostramos que o recurso primário ‘soja’ não é igual às commodities de sojaque são exportadas: o refinamento nacional ocorre diluindo o argumento de primarização no debate sobre o neoextrativismo e redefinindo o papel real da soja. Os governos nacionais controlam o poderde ‘o quê’ e ‘quanto’ é produzido para decidir ‘sob que forma’ a soja será exportada.

Global production networks and natural resource extraction: adding a political ecology perspective

“…The 1980s were dominated by structural adjustment policies and initiated a phase of neoliberalization and privatization (see Coy et al, 2017b). Until the turn of the millennium, the focus on primary products destined for export led to a pronounced re-primarization of many Latin American economies (see Coy et al, 2017b;Dorn and Hafner, 2018).…”

“…The emergence of a series of progressive leftist governments since 1999 1 was often accompanied by a strengthening of the state, social programs for fighting poverty and -in some cases -the nationalization of companies. Even though the state ensured the reallocation of benefits towards popular sectors, the focus on exporting agricultural products and mineral resources both further deepened the re-primarization F. M. Dorn and C. Huber: Global production networks and natural resource extraction of the countries' economies and resulted in a strong societal legitimation for extractive activities (see Dorn and Hafner, 2018). In countries like Argentina and Brazil, part of the socalled "Soybean Republic" (Turzi, 2017), soybean cultivation became a major pillar of their economies.…”