Introdução: Atualmente a população vegetariana está aumentando significativamente, e com isso é recomendado que os profissionais da saúde tenham conhecimento necessário sobre o assunto e sobre os possíveis riscos e benefícios deste tipo de padrão alimentar. As fontes proteicas vegetais contêm proteínas em menor teor que as animais e apresentam aminoácidos limitantes. Consequentemente, vegetarianos necessitam consumir proteínas em maior quantidade. Objetivos: Avaliar a ingestão proteica e compará-la a necessidades nutricionais de estudantes vegetarianos da Universidade de Itaúna (MG). Como objetivos secundários foram pesquisados o estado nutricional e os motivos e benefícios alegados para adoção da dieta vegetariana. Métodos: Foi realizada uma análise da quantidade de proteína ingerida por meio de um questionário de frequência alimentar quantitativo, contendo alimentos que possuem proteína. A concentração proteica dos alimentos foi avaliada utilizando a tabela de composição de alimentos (TACO) e a tabela de medidas caseiras e comparada às Dietary Reference Intakes [gestão dietética de referência] (DRI) conforme idade, sexo e peso. Resultados: Participaram do estudo 30 vegetarianos. Destes, 56,7% foram classificados como semivegetarianos, 40,0%, ovolactovegetarianos e 3,3%, lactovegetarianos. Sobre a ingestão proteica, 76,7% dos participantes tiveram a ingestão adequada, sendo que deste total, 66,7% eram semivegetarianos e 88,2% ovolactovegetarianos. Quanto ao estado nutricional, 63,3% dos indivíduos foram classificados como eutróficos, 23,3%, como baixo peso grau I e 13,3%, como sobrepeso. Conclusão: A ingestão proteica foi atingida pela maioria dos indivíduos pesquisados. Houve maior índice de adequação em adeptos do semivegetarianismo. Entretanto, é importante que haja um acompanhamento nutricional específico para cada tipo de dieta vegetariana.