Qualidade da Água na Proteção das Comunidades Aquáticas na Terra Indígena Rio Formoso, em Tangará da Serra-MT Região de Transição entre os Biomas Cerrado e Amazônia

Abstract

Objetivou-se caracterizar as águas superficiais naturais disponíveis na Terra Indígena Rio Formoso em Tangará da Serra/MT-Brasil, conforme a Resolução 357/2005 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), observando a sua possível destinação à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas. Foram escolhidas cinco bacias hidrográficas nas quais se identificou um ponto de amostragem próximo ao exutório, cujas coletas foram feitas em 12 campanhas no período de setembro/2016 a agosto de 2017, procurando realizá-las sempre próximo ao dia 15 de cada mês. As amostras foram obtidas seguindo as orientações de coleta e transporte, sendo refrigeradas desde a coleta até a entrega no laboratório onde foram analisadas em no máximo 24 horas. Neste estudo analisou-se 9 variáveis as quais constam na Resolução supracitada, quais sejam: Potencial Hidrogeniônico (pH); Cloreto (Cl); Fósforo total (P); Nitrogênio total (N); Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO); Oxigênio Dissolvido (OD); Sólidos totais (ST); Turbidez (Tu); e Coliforme Termotolerante (CT). Os resultados foram agrupados em dois períodos, sendo um seco (maio a outubro) e outro chuvoso (novembro a abril) e posteriormente foram apresentados pela média e desvio padrão amostral para cada ponto de coleta e período. As variáveis que contribuíram negativamente para os resultados foram: pH, oxigênio dissolvido e coliforme termotolerante. Todos os corpos de água deste estudo estão em desacordo com a Resolução 357/2005 para a classe 1 em pelo menos uma das variáveis avaliadas. A concentração das variáveis Cloretos, Fósforo, Nitrogênio, Demanda Bioquímica de Oxigênio, Sólidos Totais e Turbidez estão dentro dos limites da resolução de referência, se enquadram na Classe 1 e não apresentam limitação à preservação da vida aquática em terra indígena em nenhum dos pontos e períodos.

Caracterização físico química da água em um trecho de rio, nas cabeceiras do Araguaia - Tocantins, Noroeste do Goiás, Brasil

“…Caracterização físico química da água em um trecho de rio, nas cabeceiras do Araguaia -Tocantins, Noroeste do Goiás, Brasil 6,75mg/L, para a estação chuvosa (Figura 5), de montante para jusante, sendo o menor valor encontrado no ponto 01, na estação chuvosa. A causa da baixa oxigenação, inferior ao preconizado pelo CONAMA 357, está relacionado a não existência de corredeiras proeminentes, potencializado na estação das cheias (GUARDA et al 2020a;2020b;MELO;QUEIROZ 2021). Da mesma forma que existe tal padrão para a estação seca, porém com maior suavidade de variação dos resultados, devido ao volume de chuvas e da água deste rio.…”

“…Enfatizando que, estas águas são próprias para a irrigação, não podendo serem utilizadas na aquicultura e em atividades de pesca. Porém, os demais contaminantes, provenientes do efluente industrial, formam um gradiente com seus níveis mais elevados conforme aproximasse do ponto mais à jusante (FAXINA et al 2021;MELO;QUEIROZ 2021;MORON et al 2019;SANTOS et al 2018). Pois, também é este gradiente de ocupação para a exploração mineral, à medida que o rio avança, recebe toda a sorte de resíduos, aumentando os níveis destes contaminantes (Figura 14).…”