“…Com o cuidado dado aos estudos da vida cotidiana e a cultura material a partir da primeira metade do século XX, textos de relevância na antropologia e na sociologia como O cru e o cozido (1964), de Claude Lévi-Strauss, A distinção: crítica social do julgamento (1979), de Pierre Bourdieu, ou A invenção do cotidiano (1980), de Michel de Certeau abriram novos rumos de estudo da comida introduzindo sua análise dentro das humanidades. O termo gastrocrítica é devido ao crítico Ronald Tobin (2002), que argumenta que essa disciplina "trata de estudar a relevância para uma obra literária das muitas conotações do comer e beber no social, racial, geográfico, identitário, histórico, sexual, antropológico, religioso, filosófico, médico, cultural, psicológico, ideológico-político, genérico, linguístico, etc." (MAESENEER, 2012, p. 24).…”