2016
DOI: 10.1590/2175-3539201502031058
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Psicólogos em secretarias de educação paulistas: concepções e práticas

Abstract: ResumoEste artigo tem como objetivo apresentar e analisar concepções e práticas de psicólogos que atuam em políticas públicas de Educação Básica no estado de São Paulo. Foram entrevistados psicólogos de nove municípios paulistas cujas práticas encontram-se alinhadas com as principais discussões na área de Psicologia Escolar e Educacional referentes a uma atuação institucional e alicerçada na realidade social e cultural da escola. A atuação dos profissionais é analisada sob três eixos: a) história de constituiç… Show more

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“…A queixa geralmente ocorre pela busca de homogeneidade no comportamento dos alunos sob forma de culpabilização dos mesmos e de suas famílias (Labadessa & Lima, 2017). Assim, dar a possibilidade de escuta aos alunos, principais motivos das queixas da escola, é uma forma de ampliar o olhar acerca da demanda, desnaturalizando-a e problematizando-a de forma que se entenda a complexidade das dificuldades, considerando-se os aspectos históricos, sociais e culturais da sua produção (De Souza et al, 2016;Marinho-Araújo, 2014).…”
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“…A queixa geralmente ocorre pela busca de homogeneidade no comportamento dos alunos sob forma de culpabilização dos mesmos e de suas famílias (Labadessa & Lima, 2017). Assim, dar a possibilidade de escuta aos alunos, principais motivos das queixas da escola, é uma forma de ampliar o olhar acerca da demanda, desnaturalizando-a e problematizando-a de forma que se entenda a complexidade das dificuldades, considerando-se os aspectos históricos, sociais e culturais da sua produção (De Souza et al, 2016;Marinho-Araújo, 2014).…”
Section: Discussionunclassified
“…A baixa inserção do psicólogo nas escolas está atrelada à falta de uma política pública que priorize esse profissional nas escolas, sendo que, muitas vezes, o acesso a esses espaços se dá via concursos públicos, sendo o psicólogo "emprestado" da prefeitura, das Unidades Básicas de Saúde ou da Assistência Social para as Secretarias de Educação. Associado à essas condições, os baixos salários, a falta de perspectiva de progressão de carreira e as precárias condições de trabalho contribuem para a baixa adesão de psicólogos na área escolar (De Souza, Gomes, Checchia, Lara, & Roman, 2016). No que diz respeito às políticas públicas, embora tramite no Senado um projeto de lei, 3.688/2000, que dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e assistência social na escola (Brasil, 2000), a presença do profissional de psicologia não é obrigatória.…”
Section: Introductionunclassified
“…Seguindo os critérios da revisão sistemática, delimitamos a busca pelo conhecimento científico em três bases de dados virtuais, a saber: The Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual em Psicologia (BVS-PSI) e Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PEPSIC), utilizando os seguintes descritores: psicologia escolar AND prática profissional, com os seguintes idiomas selecionados: 'pt' OR 'en' OR 'es', contemplando o recorte temporal -2003 a 2019. Justificamos a opção pelo recorte temporal, pois, pesquisadores (Barbosa & Marinho-Araújo, 2010;Guzzo et al, 2010;Guzzo et al, 2011;Souza et al, 2016) têm indicado que profissionais da psicologia se inseriram no campo escolar a partir dos anos 2000, entretanto, no levantamento bibliográfico, observou-se um contingente maior de publicações a partir do ano de 2003.…”
Section: Métodounclassified
“…Contudo, historicamente, a psicologia tem ganhado presença nas escolas, e na educação de modo geral, por meio de uma postura clínica, autoritária, normatizadora, adaptacionista e classificatória (Tada, Sápia & Lima, 2010;Souza, Gomes, Checchia, Lara, & Roman, 2016). Sua prática se voltava (e ainda se volta, em muitos casos) ao atendimento de situações-problema na escola, em especial alunos com queixas escolares.…”
Section: Introductionunclassified
“…Nesse tipo de atuação o aluno é 'culpado' por sua não aprendizagem, excluindo-se os fatores intra-escolares e as questões sociais na promoção das dificuldades e do fracasso escolar. Atualmente, há críticas a esse modelo como prática psicológica dentro da escola havendo, por parte dos psicólogos, a ampliação e o aperfeiçoamento de intervenções nesse contexto, com o intuito de problematizar e reverter dinâmicas institucionais produtoras de fracasso escolar e de encaminhamentos de alunos para atendimento psicológico (Firbida & Facci, 2015;Lessa & Facci, 2011;Souza, 2007;Souza, 2009;Souza, Gomes, Cecchia, Lara, & Roman, 2016). Há, portanto, necessidade de redimensionar a atuação do psicólogo escolar e de empreender atividades promotoras de saúde e de desenvolvimento humano na educação, conforme ressalta a literatura (Cruces, 2005;Rodrigues, Itaborahy, Pereira, & Gonçalves, 2008;Rossetti, Silva, Batista, Stein, & Hulle, 2004;Souza & cols., 2016).…”
Section: Introductionunclassified