O presente artigo discute as dimensões estética, dialógica e, necessariamente, criativa da experiência humana e seu lugar na Psicologia vigente. Para a discussão pretendida, a fotografia e as reflexões de Evgen Bavcar, artista cego e filósofo, são tomadas como metáfora/alegoria para questionar o paradigma cartesiano, naquilo que propõe a separação sujeito-objeto resultando na conceituação artificializante, objetivista e visocêntrica da psique. Nesse sentido, os processos imaginativos e criativos são retomados como funções psicológicas fundamentais à retomada da dimensão estética e dialógica da existência humana.