Acredito que uma pesquisa não se faz em um processo solipsista de produção individual assujeitada em si mesma. Da mesma forma, produzir uma pesquisa em ciências humanas se assemelhou muito à disposição multifacetada do objeto escolhido. Este trabalho não poderia ser iniciado, produzido ou finalizado nesses anos se eu não estivesse situada e apoiada neste arquipélago de pessoas durante os tempos árduos de digestão teórica e escrita.Assim, primeiramente, gostaria de agradecer a Pedro Ambra, querido orientador que topou persistir nessa empreitada que se mostrou uma grande avalanche de baldes de água fria a cada semestre que passava. Que, às voltas com as reviravoltas do problema, não tardou em se fazer presente em momentos de muita dificuldade, de travas de escrita, de impasses conceituais. Por mostrar ser possível esse espaço de escuta e de pertencimento à uma psicanálise que não se fecha à sua contemporaneidade, que sustenta um posicionamento crítico e leve ao mesmo tempo. Obrigada, Pedro.Agradeço a Paulo Beer por ter sido um coorientador informal durante todo o processo de escrita, e que se fez presente em momentos que parecia que não havia como avançar ou retroceder na pesquisa. Obrigada por proporcionar aberturas a formas concisas, críticas e firmes de se transformar pensamentos que se mantém em constante construção. E também por me ajudar a traduzir muitas das angústias que não consegui nomear sozinha. Sem você, a inquietação dessa pesquisa não seria materializada em palavras escritas.Agradeço à Léa Silveira e à Beatriz Santos pela leitura concisa e pelos apontamentos rígidos e precisos no exame de qualificação. Foram contribuições preciosas que ressoaram ao longo de todo trabalho. Agradeço também à Manuela Mucuri que, no meio de sua própria pesquisa e desenvolturas da vida, arranjou tempo para me pontuar caminhos e posicionamentos melhores sobre os estudos de perversão. E agradeço à Nelson da Silva Júnior por ter sido essa porta de entrada para a pós-graduação, para o PST e para o IP-USP.Agradeço, então, aos meus pares de troca do grupo da pós-graduação por todos esses anos. À Camila Geoffroy, Giovana Scarpari, Lucas Labanca, Renata Gonçalves e Luz López por proporcionarem trocas e debates desde o início do mestrado, e a Caio Pandini, Gabriela Rodrigues, Gustavo Soares e Marília Calderón por contribuírem ainda mais com novos olhares quando passaram a integrar o grupo. Gostaria de agradecer especialmente à Aline, por ter sido uma grande surpresa e um presente do mestrado, uma amiga sempre à disposição para questionar, surtar e oferecer apoio. E à Jay por ter quebrado as barreiras da academia e da vida profissional e ser essa amiga sempre presente no cotidiano, na vida, no consultório, nas manifestações e lutas políticas, nos almoços de desespero e nos cafezinhos da tarde de muita paz e planejamento. Obrigada demais, gente. À Jú, Qui, Pati e Rê, por me aguentarem durantes os encontros inusitados entre as sessões, nos happy hours, brunchs, almoços corridos, festas juninas, tardes chuvosas e domingos de sol e por...