Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: doença inflamatória pélvica

Abstract

Resumo O tema doença inflamatória pélvica está contemplado no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, publicado pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2020. A doença inflamatória pélvica é a infecção aguda do trato genital superior feminino decorrente da ascensão canalicular de microrganismos cervicovaginais endógenos e, principalmente, os de transmissão sexual. Entre os agentes etiológicos envolvidos, destacam-se Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. As sequelas mais importantes são dor pélvica crônica, infertilidade e gravidez ectópica. O diagnóstico clínico apresenta-se como a abordagem prática mais importante. O tratamento com antibióticos deve ser iniciado imediatamente diante da suspeição clínica. Descrevem-se orientações para gestores e profissionais de saúde sobre testes diagnósticos, tratamento preconizado, seguimento, aconselhamento, notificação, manejo de parcerias sexuais e de populações especiais. Com a maior disponibilidade da técnica de biologia molecular no Brasil, recomenda-se o rastreio de C. trachomatis e N. gonorrhoeae como estratégia preventiva da doença.

Principais riscos e a importância do tratamento relacionados a gestação ectópica

“…E os seguintes exames de laboratório: hemograma completo, enzimas hepáticas (TGO e TGP), creatinina e tipagem sanguínea AB0-Rh. Deve ser feita também dosagem seriada de beta-HCG com intervalo de 48 horas previamente ao início do tratamento objetivando confirmar a ascensão dos títulos (Menezes et al, 2021).…”

O Estresse Vivenciado Pela Equipe De Enfermagem No Atendimento Às Urgências: Revisão Integrativa

“…Uma vez na superfície hepática, as aderências características da fase crônica da peri-hepatite, são resultantes do processo inflamatório local. Durante esse trajeto, os microrganismos também podem causar complicações como endometrite, salpingite, abscesso tubo-ovariano e peritonite pélvica (ALARCÓN et al, 2018;MENEZES et al, 2021).…”

“…Logo após a confirmação diagnóstica da SFHC por meio da laparoscopia ou laparotomia exploratória, associada a dados clínicos sugestivos da doença, a conduta terapêutica da DIP deve ser instituída imediatamente, de modo a evitar possíveis complicações tardias, como dor pélvica crônica, infertilidade e gravidez ectópica. A terapia empregada é respaldada por regimes de antibióticos que apresentam cobertura antimicrobiana para os agentes etiológicos da síndrome (MENEZES et al, 2021).…”

“…Paralelamente à antibioticoterapia pode-se utilizar analgésicos e antiinflamatórios a fim de amenizar a sintomatologia. Contudo, para reduzir as complicações inflamatórias e sequelas a longo prazo, alguns estudos mencionam que ainda não existem dados suficientes para recomendar o uso rotineiro de anti-inflamatórios não esteroidais (CUSIMANO; ABDELGHANY; DONADINI, 2016;MENEZES et al, 2021).…”

“…de Glisson e do peritônio adjacente, sem acometimento do parênquima hepático, resultando na formação de aderências e dor no quadrante superior direito (QSD) do abdome (BASIT et al, 2021). Os principais microrganismos envolvidos na patologia da doença são Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae (MENEZES et al, 2021).…”