Proteção fetal frente a desafio com o vírus da Diarréia Viral Bovina (BVDV) em ovelhas imunizadas com duas amostras de vírus modificadas experimentalmente
“…Nesse sentido, o uso de vacinas atenuadas parece ser uma boa alternativa, visto que já foi demonstrada proteção fetal completa em ovinos (Brum et al 2002) e em bovinos (Frey et al 2002). Porém, faz-se necessário a realização de experimentos adicionais para avaliar a capacidade dessas amostras vacinais de conferir proteção fetal em vacas prenhes.…”
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“…Estudos recentes demonstraram que essas vacinas induzem níveis baixos de anticorpos neutralizantes em ovinos e bovinos, principalmente contra amostras brasileiras de BVDV-2, além da incapacidade de conferir proteção fetal em ovelhas prenhes (Botton et al 1998. O procedimento utilizado para a obtenção das amostras atenuadas foi descrito por Brum et al (2002). As amostras utilizadas na vacinação dos animais foram obtidas pela amplificação em cultura de células dos clones de vírus obtidos na passagem 30 (p30 Singer g + h + + + + + + + + + + + + + + + + + + - Botton et al (1998).…”
“…Esses resultados demonstraram que a atenuação das amostras vacinais para bovinos jovens foi satisfatória. Entretanto, não se pode atribuir a atenuação das amostras vacinais ao processo utilizado para a obtenção das mesmas, uma vez que a virulência das amostras originais não foi testada em animais (Brum et al 2002).…”
unclassified
“…A imunização de ovelhas com as mesmas amostras, porém na p17 (IBSP-2) e p20 (SV-253), induziu uma resposta imunológica que foi capaz de prevenir a infecção fetal após o desafio intranasal com amostras heterólogas do BVDV tipos 1 e 2 (Brum et al 2002). No entanto, as amostras mantiveram a capacidade de infecção transplacentária e por isso não seriam recomendadas para uso em fêmeas prenhes (Brum et al 2002).…”
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“…No entanto, as amostras mantiveram a capacidade de infecção transplacentária e por isso não seriam recomendadas para uso em fêmeas prenhes (Brum et al 2002). Embora os ovinos sejam considerados bons modelos para estudar-se diversos aspectos da infecção e imunidade pelo BVDV (Scherer et al 2001, Brum et al 2002, estudos similares devem ser conduzidos em vacas prenhes, com o objetivo de verificar a segurança dessas amostras vacinais para fetos bovinos, assim como a capacidade de prevenção da infecção fetal frente à desafio.…”
Este artigo relata a caracterização de duas amostras citopáticas do vírus da Diarréia Viral Bovina (BVDV-1: IBSP-2; BVDV-2: SV-253) submetidas à atenuação por múltiplas passagens em cultivo celular e exposição à radiação ultravioleta. As amostras foram caracterizadas in vitro (tamanho e morfologia de placas, cinética de replicação e perfil antigênico) e in vivo (atenuação e resposta sorológica em bovinos). A caracterização in vitro de populações clonadas dos vírus obtidas nas diferentes passagens em cultivo celular (0, 1, 10, 20 e 30), demonstrou que o processo de atenuação não afetou negativamente as características antigênicas e fenotípicas das amostras. Não foram observadas alterações significativas no tamanho e morfologia de placas e na cinética de replicação. A reatividade com 48 anticorpos monoclonais demonstrou que o perfil antigênico não doi alterado durante as sucessivas passagens in vitro. A inoculação intramuscular dos clones de vírus obtidos na passagem 30 (IBSP-2: 10(7,3) DICC50; SV-253: 10(6,8) DICC50) em 12 novilhas soronegativas com idade média de 15 meses, não resultou em sinais clínicos, comprovando sua atenuação. Após a inoculação, o vírus foi detectado em leucócitos da maioria dos animais inoculados (10/12) entre os dias 3 e 6 pós-inoculação (pi) e em secreções nasais de três animais (dias 4, 7 e 8pi). No entanto, não ocorreu transmissão dos vírus vacinais aos três animais soronegativos mantidos como sentinelas. Todos os animais vacinados soroconverteram aos 14 dias pós-vacinação (dpv). Títulos moderados a altos de anticorpos neutralizantes foram detectados frente a 5 isolados brasileiros do BVDV-1 (títulos de 80 a > 1280) e quatro isolados do BVDV-2 (títulos de 20 a 640). Em geral, os títulos foram de magnitude superior frente a isolados brasileiros do BVDV-1. Aos 240dpv, os animais receberam uma segunda dose dos vírus vacinais (IBSP-2: 10(7,3) DICC50; SV-253: 10(6,8) DICC50). A revacinação induziu uma resposta secundária na maioria dos animais, resultando em um aumento dos títulos de anticorpos neutralizantes principalmente frente ao BVDV-2. Esses resultados são promissores no sentido da utilização dessas amostras na formulação de vacinas atenuadas para o controle da infecção pelo BVDV no Brasil.
“…Nesse sentido, o uso de vacinas atenuadas parece ser uma boa alternativa, visto que já foi demonstrada proteção fetal completa em ovinos (Brum et al 2002) e em bovinos (Frey et al 2002). Porém, faz-se necessário a realização de experimentos adicionais para avaliar a capacidade dessas amostras vacinais de conferir proteção fetal em vacas prenhes.…”
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“…Estudos recentes demonstraram que essas vacinas induzem níveis baixos de anticorpos neutralizantes em ovinos e bovinos, principalmente contra amostras brasileiras de BVDV-2, além da incapacidade de conferir proteção fetal em ovelhas prenhes (Botton et al 1998. O procedimento utilizado para a obtenção das amostras atenuadas foi descrito por Brum et al (2002). As amostras utilizadas na vacinação dos animais foram obtidas pela amplificação em cultura de células dos clones de vírus obtidos na passagem 30 (p30 Singer g + h + + + + + + + + + + + + + + + + + + - Botton et al (1998).…”
“…Esses resultados demonstraram que a atenuação das amostras vacinais para bovinos jovens foi satisfatória. Entretanto, não se pode atribuir a atenuação das amostras vacinais ao processo utilizado para a obtenção das mesmas, uma vez que a virulência das amostras originais não foi testada em animais (Brum et al 2002).…”
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“…A imunização de ovelhas com as mesmas amostras, porém na p17 (IBSP-2) e p20 (SV-253), induziu uma resposta imunológica que foi capaz de prevenir a infecção fetal após o desafio intranasal com amostras heterólogas do BVDV tipos 1 e 2 (Brum et al 2002). No entanto, as amostras mantiveram a capacidade de infecção transplacentária e por isso não seriam recomendadas para uso em fêmeas prenhes (Brum et al 2002).…”
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“…No entanto, as amostras mantiveram a capacidade de infecção transplacentária e por isso não seriam recomendadas para uso em fêmeas prenhes (Brum et al 2002). Embora os ovinos sejam considerados bons modelos para estudar-se diversos aspectos da infecção e imunidade pelo BVDV (Scherer et al 2001, Brum et al 2002, estudos similares devem ser conduzidos em vacas prenhes, com o objetivo de verificar a segurança dessas amostras vacinais para fetos bovinos, assim como a capacidade de prevenção da infecção fetal frente à desafio.…”
Este artigo relata a caracterização de duas amostras citopáticas do vírus da Diarréia Viral Bovina (BVDV-1: IBSP-2; BVDV-2: SV-253) submetidas à atenuação por múltiplas passagens em cultivo celular e exposição à radiação ultravioleta. As amostras foram caracterizadas in vitro (tamanho e morfologia de placas, cinética de replicação e perfil antigênico) e in vivo (atenuação e resposta sorológica em bovinos). A caracterização in vitro de populações clonadas dos vírus obtidas nas diferentes passagens em cultivo celular (0, 1, 10, 20 e 30), demonstrou que o processo de atenuação não afetou negativamente as características antigênicas e fenotípicas das amostras. Não foram observadas alterações significativas no tamanho e morfologia de placas e na cinética de replicação. A reatividade com 48 anticorpos monoclonais demonstrou que o perfil antigênico não doi alterado durante as sucessivas passagens in vitro. A inoculação intramuscular dos clones de vírus obtidos na passagem 30 (IBSP-2: 10(7,3) DICC50; SV-253: 10(6,8) DICC50) em 12 novilhas soronegativas com idade média de 15 meses, não resultou em sinais clínicos, comprovando sua atenuação. Após a inoculação, o vírus foi detectado em leucócitos da maioria dos animais inoculados (10/12) entre os dias 3 e 6 pós-inoculação (pi) e em secreções nasais de três animais (dias 4, 7 e 8pi). No entanto, não ocorreu transmissão dos vírus vacinais aos três animais soronegativos mantidos como sentinelas. Todos os animais vacinados soroconverteram aos 14 dias pós-vacinação (dpv). Títulos moderados a altos de anticorpos neutralizantes foram detectados frente a 5 isolados brasileiros do BVDV-1 (títulos de 80 a > 1280) e quatro isolados do BVDV-2 (títulos de 20 a 640). Em geral, os títulos foram de magnitude superior frente a isolados brasileiros do BVDV-1. Aos 240dpv, os animais receberam uma segunda dose dos vírus vacinais (IBSP-2: 10(7,3) DICC50; SV-253: 10(6,8) DICC50). A revacinação induziu uma resposta secundária na maioria dos animais, resultando em um aumento dos títulos de anticorpos neutralizantes principalmente frente ao BVDV-2. Esses resultados são promissores no sentido da utilização dessas amostras na formulação de vacinas atenuadas para o controle da infecção pelo BVDV no Brasil.
A infecção pelo vírus da Diarréia V A infecção pelo vírus da Diarréia V A infecção pelo vírus da Diarréia V A infecção pelo vírus da Diarréia V A infecção pelo vírus da Diarréia Viral Bovina (BVDV) In addition to variable levels of positive serology in beef and dairy cattle, BVDV antibodies have been occasionally detected in swine, wild boars, goats, cervids and water buffaloes. BVDV infection has been diagnosed in aborted fetuses, buffy coats of persistently infected (PI) animals, clinical specimens from animals suffering from different clinical syndromes, semen of bulls of artificial insemination (AI) centers, in healthy fetuses and in commercial fetal bovine serum and/or cultured cells. About 50 isolates have been genetically and/or antigenically characterized up to date, whilst roughly an equivalent number of isolates awaits characterization. Most of the characterized isolates belong to BVDV-1 genotype, non-cytopathic (NCP) biotype, yet some BVDV-2 (and some CP BVDV) have been identified as well. Brazilian BVDV isolates display a high antigenic variability and are markedly different from North American vaccine strains. A few inactivated, polyvalent vaccines are currently licensed in the country, yet vaccination is still incipient in many regions: only about 2.5 million doses were marketed in 2003. The low serological cross-reactivity between vaccine strains and field isolates has recently stimulated national industries to develop vaccines containing Brazilian BVDV-1 and BVDV-2 strains. The overall knowledge about BVDV infection in Brazil has grown considerably in the last years, due to an increasing number of laboratories performing diagnosis and research. Studies on the pathogenesis, serological and molecular epidemiology and production of reagents for diagnosis have contributed decisively for the recent growing knowledge on BVDV infections in the country.
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