Proposta De Protocolo Clínico Para Atendimento Odontológico a Gestantes Na Atenção Primária À Saúde

Abstract

Percebe-se que muitos cirurgiões dentistas apresentam resistências em atender gestantes, embora se saiba que o atendimento odontológico pode ser realizado em qualquer período da gestação. O objetivo desse trabalho é propor um protocolo clínico, determinando claramente os instrumentos direcionadores para organizar e padronizar o atendimento odontológico às gestantes na atenção primária à saúde. Para a elaboração desse protocolo foi realizada uma revisão narrativa da literatura tendo sido consultadas as bases de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem Online, através da Biblioteca Virtual em Saúde e a biblioteca do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Foram selecionados 21 trabalhos para leitura e análise. Obteve-se a elaboração do protocolo para atendimento às gestantes que aborda os cuidados que o cirurgião dentista deve ter ao realizar o tratamento em uma gestante, qual o melhor período de gestação para a realização do tratamento, quais procedimentos podem ser realizados com segurança em cada período, quais medicamentos e anestésicos devem ser utilizados e temas que devem ser abordados durante grupos realizados com as gestantes, possibilitando qualificar a assistência a esse grupo na atenção primária à saúde.

Nível de conhecimento de um grupo de cirurgiões-dentistas sobre o atendimento odontológico de gestantes

“…O mais indicado é realizar o atendimento odontológico no segundo trimestre da gravidez [3][4][5][6]8,11,12 , e a maioria (79,8%) da amostra demonstrou ter esse conhecimento, no entanto, 38,4% dos entrevistados responderam que o período do dia ideal para o atendimento odontológico seria no início da manhã, sendo que a literatura recomenda evitar consultas no início da manhã, dando preferência para atendimentos no final da manhã e de curta duração, devido aos enjoos matinais e risco de hipoglicemia 9,10 Nível de conhecimento de um grupo de cirurgiões-dentistas sobre o atendimento odontológico de gestantes | Maiorki e Perotta é a penicilina [3][4][5][7][8][9]10,11 . A maioria dos profissionais da amostra respondeu corretamente essas questões.…”

“…Todos os procedimentos odontológicos podem ser realizados em gestantes, no entanto, alguns cuidados devem ser observados. O período mais recomendado para a realização do atendimento é o segundo trimestre (entre o quarto e o sexto mês), contudo, os atendimentos de emergência podem ser realizados a qualquer momento [3][4][5][6][7][8][9] . Independente do período gestacional, as consultas prolongadas devem ser evitadas devido a possibilidade de ocorrer hipotensão supina ou síndrome da veia cava 5 , e devem ser no final da manhã devido aos enjoos matinais e risco de hipoglecemia 1,10 .…”

“…O vaso constritor a ser utilizado deve ser a epinefrina (adrenalina) na concentração de 1:100.000, não devendo ultrapassar o limite de três tubetes por sessão. Devem ser evitados benzocaína e prilocaína pelo risco de metemoglobinemia e hipóxia fetal e uso cauteloso de soluções contendo felipressina como vasoconstritor [3][4][5]8,11 . Analgésicos e antibióticos podem ser administrados à gestante quando forem necessários, o acetominofeno (paracetamol) é o analgésico de primeira escolha e a amoxicilina é o antibiótico de primeira escolha 7,8,[11][12][13][14] .…”

Acupuntura na dor crônica musculoesquelética: mecanismos de ação

“…Em um estudo realizado em Juiz de Fora -MG, foram analisados prontuários que requisitavam os seguintes exames laboratoriais: hemograma, velocidade de hemossedimentação (VHS), proteína C reativa (PCR), fator reumatóide (FR), hormônio tireoestimulante (TSH), cálcio, fósforo, fosfatase alcalina (FA), creatina quinase (CK), transaminases, sódio, potássio, vitamina D, paratormônio (PTH), fator antinuclear (FAN), anti-RO, anti LA, HBSAg, anti HCV, anti HIV, anti transglutaminase (IGA) . As alterações de alguns desses componentes no estudo, mostraram que muitas vezes a evolução da dor musculoesquelética crônica pode levar ou estar relacionada à casos de fibromialgia, artrite reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico(Silva, 2018). Nesse sentido é essencial descartar doenças prévias ou associadas a dor musculoesquelética, para que haja tratamento efetivo.Já o tratamento engloba aspectos farmacológicos e não farmacológicos.…”