Abstract:ResumoO objetivo deste estudo foi simular o crescimento em número de árvores e área basal de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista, em nível de floresta, espécies e famílias botânicas de maior valor de importância. Os dados utilizados são provenientes de um inventário contínuo de três parcelas implantadas em 1995 de 1 ha cada e uma de 0,5 ha, totalizando uma área amostral de 3,5 ha, no município de São João do Triunfo, Paraná. Todos os indivíduos arbóreos com diâmetro à altura do peito igual ou maior que 10… Show more
“…Saber com exatidão o que irá acontecer no futuro dentro de uma floresta nativa é impossível, visto que a dinâmica que nela ocorre é intensa e instável, muito influenciada pelas alterações que ocorrem no ambiente. Contudo, conforme Dalla Lana et al (2015b), essas condicionantes não impedem que sejam realizadas prognoses do desenvolvimento das florestas, principalmente em relação ao crescimento das árvores e sua distribuição diamétrica.…”
Section: Quociente De Liocourt a Partir De áRea Fixa Com Parcelas Tem...unclassified
“…A partir desse pensamento, os remanescentes de Floresta Ombrófila Mista poderiam ser manejados para fornecer bens e serviços para a população, madeira para fins industriais, entre outros (DALLA LANA et al, 2015b). Seguindo uma tendência mundial de conservação por meio do uso sustentável, vários esforços estão em andamento para recuperar, conservar e utilizar racionalmente os benefícios advindos da Floresta, sem que seja pela lei (MACHADO et al, 2009;DOBNER Jr., 2022), ao mesmo tempo que é preciso investir no aumento da área oficialmente protegida.…”
unclassified
“…Para Machado et al (2009), no que diz respeito à implantação de projetos de manejo em florestas nativas e o seu aproveitamento permanente, é necessário que se conheça a dinâmica, o potencial e a estrutura da floresta. As características estruturais implicam no conhecimento das espécies, suas exigências ecológicas, distribuição e dimensões, definindo critérios de exploração que permitam uma alteração positiva no povoamento, sem riscos à biodiversidade (MELLO et al, 2003;MACHADO et al, 2009;DALLA LANA et al, 2015b;ORELLANA et al, 2014).…”
A diminuição expressiva da área de ocorrência da Floresta Ombrófila Mista (FOM) ocorreu principalmente devido à intensa exploração madeireira de espécies, como a Araucaria angustifolia. A avaliação dos fragmentos submetidos a distúrbios antrópicos de diferentes intensidades e natureza, identificou fortes diferenciações florísticas e estruturais na vegetação. O conhecimento das características estruturais, como a projeção da distribuição diamétrica no tempo, é de real importância para o manejo das florestas naturais, definindo intervenções que assegurem a sustentabilidade. Com o objetivo de apresentar formas de se obter a distribuição diamétrica, a presente revisão baseou-se em mais de 20 referências, após seleção do levantamento de publicações científicas. A elaboração dos resultados da pesquisa foi dividida em duas partes, mostrando inicialmente cada método e posteriormente seus respectivos resultados. No geral, fragmentos da FOM submetidos ao corte seletivo podem recuperar suas variáveis estruturais em poucas décadas. No entanto, nota-se que todos os parâmetros apresentam baixo incremento, podendo estar relacionado à falta de condução das florestas nativas ou exploração desordenada. Quanto a A. angustifolia, essa vem diminuindo sua participação na floresta, com a tendência de as folhosas aumentarem. Conclui-se que há diversos métodos para se obter a distribuição diamétrica de uma floresta, tendo a necessidade da continuação dos estudos para que no futuro seja possível a determinação de um ciclo de manejo sustentável que priorize a valorização dessa formação florestal e do bioma como um todo.
“…Saber com exatidão o que irá acontecer no futuro dentro de uma floresta nativa é impossível, visto que a dinâmica que nela ocorre é intensa e instável, muito influenciada pelas alterações que ocorrem no ambiente. Contudo, conforme Dalla Lana et al (2015b), essas condicionantes não impedem que sejam realizadas prognoses do desenvolvimento das florestas, principalmente em relação ao crescimento das árvores e sua distribuição diamétrica.…”
Section: Quociente De Liocourt a Partir De áRea Fixa Com Parcelas Tem...unclassified
“…A partir desse pensamento, os remanescentes de Floresta Ombrófila Mista poderiam ser manejados para fornecer bens e serviços para a população, madeira para fins industriais, entre outros (DALLA LANA et al, 2015b). Seguindo uma tendência mundial de conservação por meio do uso sustentável, vários esforços estão em andamento para recuperar, conservar e utilizar racionalmente os benefícios advindos da Floresta, sem que seja pela lei (MACHADO et al, 2009;DOBNER Jr., 2022), ao mesmo tempo que é preciso investir no aumento da área oficialmente protegida.…”
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“…Para Machado et al (2009), no que diz respeito à implantação de projetos de manejo em florestas nativas e o seu aproveitamento permanente, é necessário que se conheça a dinâmica, o potencial e a estrutura da floresta. As características estruturais implicam no conhecimento das espécies, suas exigências ecológicas, distribuição e dimensões, definindo critérios de exploração que permitam uma alteração positiva no povoamento, sem riscos à biodiversidade (MELLO et al, 2003;MACHADO et al, 2009;DALLA LANA et al, 2015b;ORELLANA et al, 2014).…”
A diminuição expressiva da área de ocorrência da Floresta Ombrófila Mista (FOM) ocorreu principalmente devido à intensa exploração madeireira de espécies, como a Araucaria angustifolia. A avaliação dos fragmentos submetidos a distúrbios antrópicos de diferentes intensidades e natureza, identificou fortes diferenciações florísticas e estruturais na vegetação. O conhecimento das características estruturais, como a projeção da distribuição diamétrica no tempo, é de real importância para o manejo das florestas naturais, definindo intervenções que assegurem a sustentabilidade. Com o objetivo de apresentar formas de se obter a distribuição diamétrica, a presente revisão baseou-se em mais de 20 referências, após seleção do levantamento de publicações científicas. A elaboração dos resultados da pesquisa foi dividida em duas partes, mostrando inicialmente cada método e posteriormente seus respectivos resultados. No geral, fragmentos da FOM submetidos ao corte seletivo podem recuperar suas variáveis estruturais em poucas décadas. No entanto, nota-se que todos os parâmetros apresentam baixo incremento, podendo estar relacionado à falta de condução das florestas nativas ou exploração desordenada. Quanto a A. angustifolia, essa vem diminuindo sua participação na floresta, com a tendência de as folhosas aumentarem. Conclui-se que há diversos métodos para se obter a distribuição diamétrica de uma floresta, tendo a necessidade da continuação dos estudos para que no futuro seja possível a determinação de um ciclo de manejo sustentável que priorize a valorização dessa formação florestal e do bioma como um todo.
“…Esse comportamento de distribuição descendente é, segundo Machado et al (1997), uma característica de florestas naturais heterogêneas e multietâneas. Esse padrão exponencial decrescente, onde o maior número de indivíduos concentra-se nos menores intervalos e vai, progressivamente, sendo reduzindo nas classes de maior diâmetro, foi igualmente encontrado por Watzlawick et al (2011), Silvestre et al (2012), Dalla Lana et al (2015.…”
ResumoO presente trabalho teve como objetivo caracterizar a estrutura fitossociológica de um remanescente de Floresta Ombrófila Mista sobre Latossolo Bruno localizado na fazenda Três Capões, em Guarapuava-PR, sob uma cota altimétrica de 960 m. Essa tipologia, no passado, chegou a recobrir mais de um terço do território paranaense, sendo influenciada por diferentes condições ambientais e tipos de solos que exerceram influência tanto na composição de sua estrutura horizontal quanto vertical. Foram instaladas 22 parcelas fixas de 10x10 m, em uma área homogênea de vegetação de 2,2 ha. A unidade pedológica identificada foi de Latossolo Bruno Tb Distrófico Típico. O critério de inclusão para o levantamento fitossociológico foi a medida do diâmetro à altura do peito dos indivíduos arbóreos ≥4,78 cm. Foram mensurados 423 indivíduos pertencentes a 35 espécies e a 20 famílias botânicas. Os resultados da estrutura horizontal do remanescente mostraram densidade absoluta de 1923 ind/ha -1 e área basal de 64,26 m 2 /ha -1 . Pela análise de agrupamento utilizando a variável de VI%, as espécies foram reunidas em três grupos: I) Predominantes ou principais, II) Intermediárias e III) Ocasionais. As espécies que se destacaram na estrutura florestal foram Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze com VI de 18,29% e Eugenia uniflora L. com 12,97%. Essas duas espécies representam apenas 5,7% da riqueza total e foram responsáveis por 47,0 % da área basal (30,52 m 2 /ha -1 ) e 28,13% dos indivíduos amostrados. Pode-se afirmar que a flora do remanescente é constituída por espécies características da Floresta Ombrófila Mista e a estrutura do remanescente exibiu valores diferenciais para esse tipo de condição pedológica.
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