Programas sociais corporativos e capital social: proposta de qualificação

Abstract

Existe um discurso difundido no imaginário social que aponta as empresas como os atores mais qualificados para resolver os problemas sociais, dada a competência que elas vêm demonstrando para enfrentar a concorrência em mercado globalizado e competitivo. No entanto, defende-se que, subjacente a essa visão, está uma visão reducionista da complexidade dos fatos sociais, ao considerar os problemas do campo social como passíveis de serem equacionados pela simples gestão eficiente e eficaz de recursos. O presente artigo foi embasado em pesquisa empírica realizada em sete empresas da região da Serra Gaúcha, agraciadas com o prêmio Responsabilidade Social oferecido pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. O método de trabalho utilizado foi o de estudos de casos múltiplos; como técnica de análise de dados, foi utilizada a análise de conteúdo. Dentre os resultados destacam-se: a fraca intensidade da relação entre empresa e beneficiados, o baixo grau de estruturação dos programas e uma sobreposição de programas atuando com o mesmo público. O artigo aponta os limites de programas sociais de empresas privadas, e propõe, a partir da teoria do capital social, uma proposta para qualificá-los, de modo a potenciar sua contribuição para a construção de uma sociedade mais equilibrada.

The Community Gardening Project in Belo Horizonte: practicing systemic networks, agroecology and solidarity economy

“…It is important to highlight the relevance of the adoption of some principles that guide the interventions and are intended to be internalized by the community, in order to create an authentic endogenous local development (Martins et al, 2010;Paula, 2008). The election of a model that features stimulating citizen participation with dialogue, respect to the autonomy and local culture and knowledge, shared decision-making, collective implementation, is as a requirement to reach this local development goals (Cançado, Pereira and Tenório, 2013;Kleba & Wendhausen, 2009;Macke, Carrion & Dilly, 2010), also following the principles of Systemic Design, Agroecology and Solidarity Economy. .…”

Relações entre o Capital Social, o Compartilhamento de Conhecimento Interorganizacional e a Inovação em Empresas de Desenvolvimento de Softwares

“…Considerando que a dimensão relacional permite a mobilização do capital humano, devido à intensidade emocional, tempo, reciprocidade e intimidade que os indivíduos estabelecem entre si (GRANOVETTER, 1973); também que os elementos desta dimensão remetem a atitudes, motivações e percepção de valor a respeito do compartilhamento de conhecimento (NAHAPIET; TSAI;CHOW;CHAN, 2008); e outros estudos que apresentam a dimensão relacional no nível interorganizacional como positivamente relacionada com o compartilhamento de conhecimento (KOKA; PRESCOTT, 2002;CARRION;DILLY, 2004;VALLEJOS;TOSS, 2010); afirma-se que a dimensão relacional do capital social implica em um maior compartilhamento de conhecimento na organização, permitindo a hipótese: H1: No nível interorganizacional, há uma relação positiva da dimensão relacional do capital social com o compartilhamento de conhecimento em empresas de desenvolvimento de software.…”