Os resíduos de serviços de saúde são de natureza heterogênea e necessitam de uma classificação para a segregação desses resíduos que pertencem ao grupo A, que são resíduos com a possível presença de agentes biológicos, que apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características podem apresentar risco de infecção. No ambiente do centro cirúrgico, frequentemente os profissionais lidam com material potencialmente infectado, oriundos dos fluidos corpóreos dos pacientes, fato que já demonstra a importância do manejo adequado destes resíduos. Este trabalho teve como objetivo analisar com uso de ferramenta estatística o descarte de materiais infectantes e não infectantes utilizados nos procedimentos cirúrgicos e anestésicos em um centro cirúrgico realizado pelos profissionais de saúde. Na metodologia foram avaliados o descarte dos materiais utilizados durante cada procedimento cirúrgico em uma sala de cirurgia. O estudo foi conduzido em dez procedimentos cirúrgicos. Foram realizados testes de normalidade e a partir da estatística descritiva, houve análise das médias. Os resultados foram considerados significativos para p < 0,05. A partir da análise estatística encontrou-se que os dados não aprestavam distribuição normal, e as médias dos descartes errôneos entre os resíduos eram diferentes. Estes resultados condizem com o esperado, uma vez que os diferentes fatores interferem no descarte dos materiais, como a desinformação dos profissionais por falta de treinamento, a falta de identificação dos locais para descarte dos materiais e o maior número de locais para descarte de resíduos infectantes no centro cirúrgico.