Produzindo conhecimento sobre si mesmas: uma reflexão histórica sobre práticas feministas autônomas na Bolívia

Abstract

Este trabalho tem como objetivo central analisar alguns elementos da atuação política do grupo feminista anarquista boliviano Mujeres Creando, especialmente, no que se refere às suas elaborações de análises feministas. A escrita teórica, a rádio independente, o jornal alternativo, a produção e a publicização de arte de rua, assim como a tentativa de articular a “tomada” das tecnologias e dos espaços como uma forma de produção discursiva sobre o feminismo, fazem parte da experiência de militância dessas mulheres desde a sua emergência, no ano de 1992. Buscando “tomar la palabra” como modo de pensar e falar sobre elas próprias, tal grupo construiu uma larga apropriação das mídias autônomas e autogestionadas que se tornaram marcas registradas de seu feminismo. Assim, considerando o recente contexto político boliviano, busco discutir historicamente a ideia de feminismo construída pelo grupo, em especial, considerando o desejo por autonomia como questão central de atuação.

Para una práctica plebeya (¿de la performance?): María Galindo y Mujeres Creando

“…Pueden verse ejemplos en los trabajos de AntiviloPeña (2018), Ferreira (2016), García-Pabón (2003, González Mari (2013), Molina Barea (2018),Muñoz (2015),Oliveira (2020), Ramírez Jara (2017), o Romero Caballero (2019), entre otros. Con frecuencia se señala su rechazo de estas categorías en los textos que a la vez las emplean para describir sus acciones, problematizando o no esa circunstancia dependiendo del caso.…”