Produtividade do trabalho na indústria de transformação no sul e sudeste brasileiro: Uma análise shift-share para o período 1996-2016

Abstract

Resumo A hipótese de influência da mudança estrutural sobre a evolução da produtividade vem ganhando cada vez mais espaço no debate econômico. No caso das análises sobre a indústria brasileira, as evidências apontam para a baixa evolução e pouca influência da transformação da estrutura produtiva sobre a produtividade. No entanto, de modo geral, os estudos investigam a economia de forma agregada, abstraindo a heterogeneidade e os efeitos diferenciados desse processo entre as regiões. Deste modo, esse estudo busca investigar a referida hipótese nos estados da região sul e sudeste (exceto Espírito Santo), ressaltando a diferentes manifestações do processo nas regiões. Na análise foi utilizada a técnica de decomposição diferencial-estrutural (shift-share) da produtividade do trabalho da indústria de transformação agrupada segundo o fator competitivo predominante, entre os anos de 1996 e 2016. Grosso modo, os resultados mostram que a produtividade da indústria evoluiu em níveis muito aquém das taxas históricas precedentes e que a mudança estrutural tem contribuído pouco para o desempenho da produtividade, contudo o processo ocorre com intensidade distinta entre os estados. Palavras-chave: Produtividade do trabalho; Mudança estrutural; Indústria de transformação; Desenvolvimento regional.

Productividad laboral en la industria de Argentina y Brasil entre 2004 y 2015: factores globales, sectoriales y locales

“…Se reconoce que las horas trabajadas o indicadores de trabajo equivalente aportan una mayor precisión al cálculo de la productividad laboral, pero la disponibilidad de esta serie es más acotada: su cobertura temporal no alcanza a períodos recientes (1993-2007 en Argentina y sólo hasta 2000 en Brasil) o tiene un elevado grado de agregación sectorial ( 16grandes sectores en Argentina) 1 . Esta misma definición es aplicada por estudios similares cada vez que análisis intenta ir más allá de los grandes sectores económicos (GALEANO & FEIJO 2013;GALEANO & WANDERLEY 2013;MESSA 2015;SILVA & MARQUES 2019). Por otro lado, tal como notan LUNA ET AL (2017) el denominado "valor de transformación industrial" (VTI) mide con mayor precisión la contribución de un determinado sector a la generación de riqueza en tanto, por el lado de ingresos, considera únicamente a los operativos mientras que el valor agregado considera también a las fuentes financieras de ingresos y, por el lado de los costos, toma en cuenta las erogaciones involucradas directamente en la producción (materias primas, energía, mantenimiento) mientras que el valor agregado incluye otros gastos como publicidad o fletes.…”

“…Dado que este estudio focaliza en el sector industrial, el uso de VTI sería más adecuado, pero no se dispone de una medida análoga para Argentina. Con todo, se debe señalar que otros estudios que analizan la productividad laboral en la industria emplean el mismo indicador (MESSA 2015;CAVALCANTE & DE NEGRI 2014;SILVA & MARQUES 2019).…”