Produção Do Espaço Pela Exploração Do Gnaisse Na Comunidade Da Vila Renascer Em Petrolina-Pe

Abstract

A produção do espaço é fruto da relação da sociedade/natureza, esse processo desenvolve no tempo e no espaço uma forma que imprime símbolos, costumes e tradições sociais existentes no processo de (re) produção da vida no espaço geográfico. O objetivo deste estudo é compreender o processo de transformação do espaço pela exploração da mineração do gnaisse na comunidade da Vila Renascer em Petrolina, Pernambuco, Nordeste do Brasil. A pesquisa foi norteada pelo método qualitativo-quantitativo, a metodologia utilizada foi através de levantamento bibliográfico em livros, artigos e dissertações, seguida de pesquisa de campo, entrevistas, documentos e registos fotográficos, o que possibilitou a análise da produção do espaço a partir das atividades econômicas desenvolvidas no processo de formação da Vila Renascer que era essencialmente agrícolas, produzindo feijão, milho, mandioca e carvão vegetal. As primeiras extrações minerais eram processos rústicos, sendo os tipos de rochas selecionadas de forma manual, processo que atendia às necessidades dos moradores locais naquele momento. A transformação espacial da comunidade aconteceu a partir da mineração do gnaisse. Atualmente a mesma passa por dificuldades devido à ausência de um plano diretor para ordenar a mineração, o que implicou na transformação radical do território.

Impactos sobre a conservação de recursos naturais em áreas de exploração mineral

“…A extração artesanal de rocha para pavimentação, o paralelepípedo, ganhou destaque a partir do ano de 1980, quando passa a fazer parte da economia local, como fonte de renda para os agricultores locais garantindo recursos para a compra de mantimentos (Silva et al, 2018b).…”

“…A comunidade tem quarenta anos de existência, sendo constituída por 300 habitantes e cerca de 150 casas. O perfil socioeconômico da comunidade é baixo, com renda de até um salário mínimo, fruto de atividades agrícolas que garantia o sustento da população da Vila (Silva et al, 2018b). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade do Estado da Bahia, parecer 2.023.539.…”