Produção de propágulos micorrízicos em sorgo e/ou em braquiária

Abstract

Os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) são micro-organismos endofíticos capazes de promover o crescimento de plantas de interesse econômico a depender da interação microbiana com a planta, mas poucos são os trabalhos relacionados com a produção de inoculantes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de propágulos micorrízicos em cultivo sucessivo e/ou rotacionado em sorgo e em braquiária, sem o uso de estimuladores químicos. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente ao acaso em parcelas subdivididas, cujas parcelas foram os tratamentos (três isolados de FMAs: UFLA351 - Rhizoglomus clarum, UFLA372 - Claroideoglomus etunicatum e UFLA401 - Acaulospora morrowiae) e as subparcelas os cultivos sucessivos em sorgo/braquiária e rotacional em braquiária, com quatro repetições. O cultivo sucessivo em sorgo ou em braquiária estimula a produção de esporos micorrízicos de R. clarum, C. etunicatum e A. morrowiae. A rotação de cultura sorgo-braquiária não garante incremento na esporulação, a depender do isolado micorrízico. A produção de vesículas e de arbúsculos depende da interação do fungo com a espécie de planta e não apenas da estação do ano. As vesículas podem aumentar a produção de esporos micorrízicos, a depender da interação FMA x planta e da época do ano.

EXOTIC ARBUSCULAR MYCORRHIZAL FUNGI AND NATIVE DARK SEPTATE ENDOPHYTES ON THE INITIAL GROWTH OF Paspalum millegrana GRASS

“…A high arbuscules/vesicles ratio indicates a benefit to symbiosis and plant growth (JALONEN et al, 2013). However, the formation of arbuscules and vesicles may vary depending of the time of the year (LOPES et al, 2018). Garcia and mendoza (2008) reported that the colonization of P. vaginatum was predominantly of arbuscular type in the spring, but was vesicular in the summer.…”

Inibição do crescimento micelial de Alternaria sp. por isolados de Pleurotus sp.

“…al., 1981;SMITH;READ, 2008). Todavia, é importante considerar que a formação dos arbúsculos e das vesículas pode depender da interação dos isolados micorrízicos com a espécie vegetal, em uma determinada época do ano (LOPES et al, 2018).…”

“…Gigaspora albida, T3: UFLA 351 -Glomus clarum, T4: UFLA 372 -Glomus etunicatum e T5:UFLA 401 -Acaulospora morrowiae; e 2 Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade Ressalta-se que a eficiência da colonização micorrízica no crescimento das plantas hospedeiras depende do tempo necessário para estabelecimento da simbiose, o qual pode variar entre espécie vegetal e isolado micorrízico, como em função do tempo de cultivo e da estação de cultivo(COLODETE et al, 2014;RIVERO et al, 2015;LOPES et al, 2018).…”

Crescimento e colonização micorrízica do tomateiro IPA06 inoculado com fungos micorrízicos arbusculares em substrato orgânico

“…As vesículas e os arbúsculos foram observados somente aos 28 dias da inoculação (4ª semana), o que difere dos resultados citados por Rizvi et al (2015) e Rivero et al (2015). Neste resultado é importante considerar que se tratam de espécies micorrízicas e de variedades de tomateiro distintos, os quais podem ter influenciado na formação dos arbúsculos e das vesículas, tal como mencionado em poáceas por Lopes et al (2018). Guillotin et al (2017) citaram que a colonização micorrízica do tomateiro foi controlada por genes responsáveis pela síntese de hormônios como auxina (AUX) e ácido indol-acético (AIA), que estão relacionados ao crescimento vegetal.…”

“…As vesículas são estruturas fúngicas produzidas pela diferenciação das hifas internas e/ou externas ao córtex, cuja função é armazenar energia, na forma de lipídeos (Jalonen et al, 2013). Entretanto, Lopes et al (2018) verificaram que a formação de arbúsculos e de vesículas em poáceas depende da interação da espécie vegetal e da espécie micorrízica, bem como da época do ano. Da mesma forma, Rivero et al (2015) observaram que a formação de vesículas ocorreu de forma diferenciada entre isolados micorrízicos inoculados no tomateiro.…”