2016
DOI: 10.1590/0104-93132016v22n1p037
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Processos Identitários E Relações Patrão-Cliente Entre Os Kaiowa

Abstract: Resumo O presente trabalho pretende analisar como são delineados processos identitários a partir das interações entre indígenas kaiowa e não indígenas no Mato Grosso do Sul. Neste proceder será considerada a relação patrão (não indígena) / cliente (indígena), lançando-se mão de uma bibliografia sobre patronagem e compadrio, considerando seus alcances e limites explicativos. Entende-se que a compreensão das relações interétnicas na região (bem como dos conflitos destas decorrentes) é beneficiária justamente de … Show more

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“…Neste quadro, no final da década assistiu-se a uma organização, paulatina e pacífica, de várias comunidades, para retornar aos seus espaços territoriais, os tekoha 3 (Almeida 1991;Brand 1997;Mura 2019). Esta iniciativa, das "retomadas", gerou forte repressão dos não indígenas, com proliferação e intensificação dos conflitos (Benites 2014;Silva 2016;Oliveira 2018).…”
Section: Antecedentesunclassified
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“…Neste quadro, no final da década assistiu-se a uma organização, paulatina e pacífica, de várias comunidades, para retornar aos seus espaços territoriais, os tekoha 3 (Almeida 1991;Brand 1997;Mura 2019). Esta iniciativa, das "retomadas", gerou forte repressão dos não indígenas, com proliferação e intensificação dos conflitos (Benites 2014;Silva 2016;Oliveira 2018).…”
Section: Antecedentesunclassified
“…Em trabalho anterior (Silva 2016), analisei como o processo histórico de relações entre brancos e indígenas kaiowá se conformou em Mato Grosso do Sul como uma relação de base clientelar, com a explosão de um conflito pelo território vindo a acentuar uma distinção de base étnica. A imposição das arbitrariedades por parte dos patrões brancos sobre seus empregados indígenas, vista como benevolência, era a base de uma "paz" em que supostamente viveriam em acordo mútuo.…”
unclassified
“…Essas relações, descritas na literatura como "entre facções", ou vistas em sua relação com o Estado como clientelísticas (cf. Silva, 2016;Ferreira, 2016;, aqui são entendidas a partir da noção de campo de poder (Roseberry, 1994;Wolf, 2003). Os conflitos são pensados como resultado da ocupação de posições em um triângulo de relações (desiguais) de poder entre a figura do capitão indígena, seus rivais e o encarregado, este último detendo relativa relevância na dinâmica dos conflitos internos.…”
Section: A Lógica Da Confrontação Indígena Nos Espaços Controladunclassified
“…Enquanto essa estrutura foi predominante, replicada pelo SPI e depois pela FUNAI, esses conflitos típicos pelo controle político das aldeias se reproduziram uma e outra vez, como descrevem alguns trabalhos sobre períodos recentes (cf. Silva, 2016;Ferreira, 2013;Pimentel, 2012). A mobilização política dos Kaiowá junto ao PCB montou-se, ou incrustou-se, sobre esse tipo de relações.…”
unclassified