Principais patologias relacionadas aos efeitos adversos do uso de fármacos contraceptivos em gatas

Utilização de anticoncepcionais para cadelas e gatas entre estudantes universitários

“…Estudos sobre qual parcela da população brasileira utiliza anticoncepcionais hormonais em cadelas e gatas, são escassos. Entretanto, artigos sobre enfermidades reprodutivas no Brasil demonstram que tal prática é comum entre tutores brasileiros (Araújo et al, 2014;Araújo et al, 2017;Evangelista et al, 2011;Moura et al, 2016;Silveira et al, 2013;Souza et al, 2014). Em pesquisa realizada em um campus universitário na cidade de Dois Vizinhos (PR) envolvendo estudantes e servidores registrou-se que 16% dos entrevistados afirmaram utilizar anticoncepcionais em cadelas Cella, 2017).…”

“…As consequências do não cumprimento das práticas de guarda responsável para os animais, envolvem crias indesejadas, abandono, privação alimentar e hídrica, baixa qualidade da higiene sanitária, maus tratos (Ciampi;Garcia, 1996;Soares, 2018), risco de óbitos por diversos fatores, inclusive por traumas automobilísticos e que também podem afetar a saúde dos humanos envolvidos (Araújo et al, 2017;Luna, 2012). Para a sociedade humana, este problema pode acarretar, por exemplo, em poluição ambiental e facilitação de transmissão de zoonoses Luna, 2012) como a raiva e acidentes por mordeduras (Fortes et al, 2007;Soares et al, 2010).…”

Hiperplasia mamária felina: por que é tão comum no Brasil?

“…A progesterona, exógena ou endógena, causa aumento da sensibilidade dos seus receptores, levando a uma resposta exacerbada de hormônio do crescimento das glândulas mamárias, culminando com processo hiperplásico (Gaviria et al, 2010;Krawczyk et al, 2017;Lopes et al, 2017). Dentre as gatas, acomete principalmente as fêmeas entre seis meses e treze anos de idade e não possui predisposição racial (Araújo et al, 2017;Gorlinger et al, 2002). As gatas não castradas são mais susceptíveis (Siberino et al, 2021).…”

“…Isto pode culminar em processo isquêmico em situações crônicas, resultando em infecções bacterianas secundárias, que devem ser cuidadosamente tratadas com antibioticoterapia de amplo espectro (Araújo et al, 2017;Burstyn, 2010).…”

“…Quando essa alteração é decorrente de fonte de progesterona endógena, usualmente opta-se pela OSH, conforme relatado anteriormente (Amorim et al, 2006). Em casos de ulcerações ou necrose tecidual, decorrentes do crescimento rápido da mama com comprometimento do aporte sanguíneo, se faz necessário o tratamento de suporte com o uso de anti-inflamatórios não-esteroidais, antibióticos de amplo espectro, analgésicos, bem como o uso da metergolina, antiprolactina (Araújo et al, 2017;Burstyn, 2010).…”