Previsão de capacidade de carga de estacas através de conceitos de transferência de energia no SPT

Abstract

Neste artigo apresenta-se um novo método de previsão de capacidade de carga de estacas desenvolvido com base na interpretação de resultados de ensaios SPT. Ao contrário de outras metodologias consagradas na prática de engenharia, de natureza essencialmente empírica, a nova abordagem é estruturada em conceitos da dinâmica e faz uso dos princípios de conservação de energia envolvidos na cravação do amostrador SPT. A energia absorvida pelo solo, calculada a partir do número de golpes Nspt (ou diretamente da medida correspondente de penetração do amostrador) é convertida analiticamente em uma força dinâmica de reação à penetração. A força dinâmica permite determinar as resistências unitárias mobilizadas no amos tra - dor SPT (modelo) e, a partir destas, estimar as resistências unitárias mobilizadas na estaca (protótipo). A apli - ca bilidade da metodologia proposta é demonstrada a partir da interpretação de resultados de provas de carga, organizados na forma de um banco de dados composto de 272 casos.

Análise de Estaca Hélice Contínua por Métodos Semiempíricos e Relação com Prova de Cagra Estática na Cidade de Boa Vista-RR

“…Neste trabalho, quatro métodos semiempíricos brasileiros foram utilizados, são eles: Aoki-Velloso (1975), Décourt-Quaresma (1978), Teixeira (1996) e UFRGS (Lobo, 2005). Todos estes métodos realizam previsões a partir dos resultados do ensaio SPT.…”

“…Os valores das estimativas de resistência de ponta da estaca ao longo da profundidade, obtidos pelos métodos Aoki-Velloso (1975), Décourt-Quaresma (1978), Teixeira (1996) e UFRGS (Lobo, 2005), a partir dos ensaios de sondagem SPT são apresentados na Figura 4 (a). Já as estimativas de resistências laterais, são expostas na Figura 4 (b).…”

“…O método UFRGS (Lobo, 2005), apesar de apresentar o mesmo padrão de curva dos demais métodos de estimativa, resistência linear crescente até 4 m aumento seguido de faixa constante, apresenta valores superiores aos demais métodos.…”

“…Quanto as estimativas de resistências laterais ao longo da profundidade, todos os métodos apresentam uma similaridade de curvas crescentes, com inclinações aproximadamente constantes. O método de Teixeira (1996) e Décourt-Quaresma (1978) apresentam valores de estimativas muito próximos, enquanto os dos métodos de UFRGS (Lobo, 2005) e Aoki-Velloso (1975), diferentes, sendo o método UFRGS (Lobo, 2005) com menores valores estimados.…”

“…A partir dos resultados, foi constatado que os métodos apresentaram resultados com diferenças significativas entre as resistências de ponta, lateral e total, principalmente devido as hipóteses utilizadas por eles, bem como as incertezas empíricas envolvidas nos métodos, reforçando a importância da utilização do fator de segurança. Além disso, quando comparado a prova de carga, o método que mais se aproximou ao valor resistido pela estaca foi o de UFRGS (Lobo, 2005). Décourt-Quaresma (1978) e Teixeira (1996) foram os mais conservadores e o de Aoki-Velloso (1975) um método intermediário em relação a estes.…”