Prevenção e fatores relacionados à ideação suicida em adolescentes nas entrelinhas de uma revisão narrativa

Abstract

Objetivo: O presente artigo realizou uma revisão acerca dos fatores associados e estratégias de prevenção sobre suicídio e depressão em adolescentes. Revisão bibliográfica: Sabe-se que o período da adolescência é um momento de formação da identidade do jovem para a vida adulta e que, para isso, é necessário um ambiente seguro e acolhedor. Infelizmente, este momento é marcado por uma maior vulnerabilidade, visto que as mudanças e adaptações psicossociais, desta fase, tem uma grande influência sociocultural, através das mídias sociais, dos padrões impostos diariamente pela sociedade e pela família. A ideação e o comportamento suicida não são considerados doenças, mas apresentam forte relação com a presença de alguns transtornos mentais, como o transtorno depressivo, os transtornos por uso de substâncias, a esquizofrenia e alguns transtornos de personalidade. Além da relação com a desigualdade social, o desemprego, a instabilidade familiar, dentre outros fatores sociais. Considerações finais: Esse trabalho verificou o aumento de casos de suicídio e depressão em adolescentes e suas relações multifatoriais, tendo como objetivo investigar os fatores de risco associados e as estratégias de prevenção, a fim de auxiliar pais e profissionais da saúde a compreenderem o sofrimento psicológico e promoverem a saúde mental a esses adolescentes.

Prevenção e saúde mental dos adolescentes: fatores de risco frente às dificuldades vivenciadas na Pandemia da COVID-19

“…Quer dizer, o indivíduo que faz parte de um grupo e atenta contra a própria vida, constrói uma narrativa da experiência de crise suicida no repertório e na história do sistema familiar. Neste sentido, é importante o planejamento de ações preventivas como intervenções psicológicas individuais online, presenciais, em grupo ou autoguiadas, intervenções focadas na família como treinamento de habilidades do cuidador, nas escolas como mudanças organizacionais para um ambiente psicológico seguro e positivo, ensinar sobre saúde mental e habilidades para a vida, treinamento de pessoal para a detecção e manejo básico do risco de suicídio e programas escolares de prevenção para adolescentes vulneráveis a condição de saúde mental que e intervenções terapêuticas eficazes para ajudar as famílias no contexto da crise suicida a se reconstruir como um sistema de apoio e proteção (Santos et al, 2021;Sganzerla, 2021).…”

“…Atendendo as necessidades dos mesmos com condições de saúde mental definidas, tais como: evitar institucionalização e a medicalização excessiva, fomentar o apego familiar, com sentimentos de amor e respeito, apoio efetivo da família, harmonia e intimidade entre pais e filhos, com comunicação aberta e regularmente presente, desenvolvimento da formação educativa, onde incluem ações de proteção, determinação de obrigações e controle de comportamento; fatores sociais e intervenções na comunidade em que vivem (Silva e Marcolan, 2012; OPAS/OMS, 2021) Cabe ressaltar que as famílias não devem ser julgadas sob olhar discriminatório. Entretanto, devem ser consideradas aliadas na identificação de sinais e sintomas predispostos ao suicídio no referido público (Santos et al, 2021).…”

“…No que se refere ao sistema de saúde, é necessário um trabalho em conjunto, multidisciplinar e de conhecimento das redes existentes no território, para encaminhamentos e tratamento adequado. O profissional psicólogo é um agente fundamental durante o processo terapêutico nas demandas das famílias, colocando-se no papel de escuta e acolhimento do sofrimento e permitindo que as famílias realizem a construção dos significados de seus sofrimentos e conflitos (Santos et al, 2021;Sganzerla, 2021). Os fatores biológicos como genética, fatores cognitivos e emocionais, e ambientais, como situações familiares e sociais adversas, cultura, espiritualidade e trajetória de vida podem influenciar no comportamento suicida.…”

“…Os fatores biológicos como genética, fatores cognitivos e emocionais, e ambientais, como situações familiares e sociais adversas, cultura, espiritualidade e trajetória de vida podem influenciar no comportamento suicida. Sendo assim, as estratégias de prevenção devem basear-se no contexto ambiental do indivíduo, avaliando os fatores de risco para que se tenham estratégias de prevenção eficientes (Santos et al, 2021).…”