Prevenção e controle de infecções relacionadas a assistência à saúde: fatores extrínsecos ao paciente

Abstract

O objetivo deste estudo foi levantar os fatores extrínsecos ao paciente ligados à Infecções relacionadas a assistência à saúde e apontar medidas utilizadas por enfermeiros no Controle de Infecção relacionadas a estes fatores. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, descritiva e com abordagem qualitativa. Utilizou-se 15 artigos disponíveis nas bases Scielo, Lilacs, BVS e Bireme. O recorte temporal foi de 2009 a 2015. Os resultados apontaram que os principais fatores que possibilitam as infecções são a falta da higienização das mãos, o uso indiscriminado de antibióticos, a ausência de manuais de rotinas e procedimentos técnicos e a não adesão às medidas de precaução pela equipe. Quanto às medidas utilizadas pela CCIH e a equipe de enfermagem, para o controle das infecções, destacaram-se a padronização de técnicas para a realização de procedimentos, atualização de Manuais e a Educação Permanente aos profissionais de saúde. Torna-se assim, relevante a valorização do trabalho da equipe de saúde no contexto da prevenção de infecções hospitalares ligadas a fatores tanto extrínsecos como intrínsecos visando a adequação da segurança do paciente e qualidade assistencial prestada nos serviços de saúde.

Fatores impactantes na prática da higienização das mãos

“…A falsa noção de segurança dada pelo uso das luvas e a irritação da pele devido ao látex e/ou ao ato repetitivo de higienização das mãos com detergentes e álcool à 70%, têm se refletido na redução da higienização das mãos pelos profissionais 15,17 . Outros fatores recorrentemente associados à não HM adequada são os maus hábitos dos profissionais, a sobrecarga de trabalho, o esquecimento, a falta de insumos, a falta de incorporação de protocolos e treinamentos na instituição, os déficits das assistências qualificadas, a falha da comunicação efetiva da equipe multidisciplinar e a falta de infraestrutura 7,14,15,[17][18][19][20][21] .…”

“…A HM não é feita de forma adequada pelos profissionais, sendo percebido a ausência do conhecimento aliada à falta de prática diária, o que demonstra a carência do aprendizado por parte destes 17,23 . Por isso, as unidades de saúde devem ter treinamentos constantes, visando adequação aos padrões de HM defendidos pelos órgãos competentes 18 .…”

“…No contexto da assistência qualificada, o conhecimento adequado favorece a diminuição dos índices de infecções, podendo predispor fragilidades ou reforçar a segurança do paciente no âmbito hospitalar, para assim reduzir as IRAs. Desta forma, a falta de conhecimento segue sendo um fator que possibilita a falha da HM pelos profissionais 18,20 .…”

Infecção relacionada à Assistência à Saúde e os enfrentamentos de enfermeiras para as medidas de controle: Revisão integrativa

“…Vale lembrar que, a padronização de técnicas para a realização de procedimentos, atualização de manuais e a educação permanente dos profissionais de saúde não podem ser desconsideradas conforme alertam Silva et al (2018), mas a diversidade de intervenções educacionais (ex. : apresentações visuais, grupos de intervenção e treinamento prático nas enfermarias) (E24), bem como a oferta de um clima de segurança institucionalapoio administrativo (E3, E5, E13, E18) não podem ser esquecidos para efetividade do uso dos instrumentos para o controle das IRAS.…”

Medidas para prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde: revisão integrativa da literatura

“…Porém a não adesão por parte dos profissionais a realização de tal prática têm dificultado o controle desta problemática, sendo assim, se faz necessário o preparo e treinamento tanto da equipes quanto dos colaboradores que ingressam nas instituições de saúde, promovendo a conscientização de toda a equipe, almejando a redução de forma satisfatória os níveis de infecção Hoyashi & Pereira, 2017). Desta forma, existe a necessidade de se explorar ações educativas como sendo uma medida de prevenção das infecções e para alterar essa realidade da assistência à saúde, como forma de garantir a qualidade e a segurança do paciente (Alvim et al, 2020).…”