Prevalência e perfil dos pacientes que utilizam antipsicóticos em um hospital do sul do Brasil

Abstract

Este artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que a publicação original seja corretamente citada. ABSTRACT Aims:To evaluate the prevalence and the profile of inpatients prescribed antipsychotics.Methods: This was a cross-sectional study which evaluated patients admitted to Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), in Tubarão, State of Santa Catarina, Brazil, in 2013, who were prescribed antipsychotic drugs. All the data were collected from electronic medical records. Patients were evaluated according to their sociodemographic characteristics, type of antipsychotic drug prescribed, and clinical diagnosis (ICD 10). Results: Out of 125,670 patients admitted to HNSC in 2013, 1,559 received some kind of antipsychotic. The mean age of the patients was 50.34 years (SD=22.89). There was no variation in the prevalence of antipsychotic drug prescription between male and female patients, but the frequency of these prescriptions increased with age. Conventional antipsychotics were the most commonly prescribed ones, among which haloperidol was prescribed to 852 (54.7%) patients. Among the major diagnoses, anxiety disorders were the most prevalent ones, detected in 131 (6.3%) patients. Considering only the diagnoses of mental or behavioral disorders and including secondary diagnoses, anxiety disorders were observed in 233 (14.9%) patients. A total of 470 (30.1%) patients on antipsychotics had been diagnosed at least once with mental or behavioral disorders. Conclusions:The prevalence of antipsychotic drug use was 1.24% among the inpatients, and haloperidol was the most widely prescribed drug. The diagnosis of anxiety disorders was the most frequent one, but most patients who received antipsychotics had not been diagnosed with any psychiatric disorder, and eventually received them for other reasons.

Caracterização Sociodemográfica E Clínica De Pacientes Em Uso De Antipsicóticos Atípicos De Alto Custo

“…No que diz respeito à idade, foi encontrada média de 47 anos, com mínimo de 18 anos e máximo de 79. O estudo evidenciou predominância de idade entre 40 a 49 anos (SILVA et al, 2015a). A média de idade de pacientes em uso de medicamentos excepcionais é de 46,5 anos (ACURCIO et al, 2009).…”

“…Quanto à não existência de filhos (53,5%), estudos são divergentes: a maioria revelou existência de filhos (MARTINS et al, 2014;SILVA et al, 2015a). O perfil de ausência de filhos da presente pesquisa está relacionado à situação conjugal da amostra, evidenciando informação diferencial na literatura conhecida.…”

“…Em relação à área de residência dos indivíduos, a maioria vive em região urbana (98%); destes, 78,2% em residência própria. Residir na zona urbana tem sido prevalente nas pessoas com sofrimento mental (72,1%) (SILVA et al, 2015a). A localização urbana facilita o acesso às medidas terapêuticas e contribui para o processo de reinserção social dos pacientes acometidos por TM, como proposto pela Reforma Psiquiátrica (BRASIL, 2001).…”

“…No que diz respeito aos medicamentos mais utilizados, mais de um terço da amostra fazia uso de Olanzapina, seguido de Risperidona, com posologia de uma dose diária. Esse achado aponta para uma divergência com a literatura conhecida, sendo a Risperidona o antipsicótico atípico mais utilizado (SILVA et al, 2015a). Isso ocorre em decorrência do baixo custo e da elevada eficácia farmacológica (LIMA et al, 2014).…”