Prevalência de infecções sexualmente transmissíveis em universitários de uma instituição pública de Parnaíba

Abstract

Objetivo: O presente estudo teve como objetivo analisar a prevalência de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) em universitários de uma instituição pública de Parnaíba. Métodos: A pesquisa tratou-se de um estudo descritivo do tipo transversal e inferencial de abordagem quantitativa realizado no período de maio de 2020 a fevereiro de 2021, por meio da ferramenta online Google Forms. Contou com uma amostra de 286 voluntários na faixa etária de 18 a 38 anos. Para análise dos dados utilizou-se uma estatística descritiva e teste Qui-quadrado. Resultados: Os resultados demonstraram que a prevalência de IST nos últimos 12 meses foi de 33,2%, tendo 3,8% destes ocorridos durante o período da pesquisa, e apenas 14,0% procuraram atendimento de saúde. Somente 33,2% relataram que quase sempre usam preservativo. Sobre educação sexual, 65% referiram contato com a temática. Porém, não foi decisivo na prevenção às IST, que das mencionadas, as mais comuns foram candidíase, sífilis, HPV e gonorreia. Conclusão: Os percentuais encontrados neste estudo apontam uma moderada prevalência de IST na população jovem em estudo, bem como, apontam para uma proteção àqueles que fazem uso de preservativo durante o sexo vaginal e oral.

Universitários e o Uso do Preservativo como Método de Prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis

“…Sabe-se que a transição do ensino médio para o superior proporciona significativas mudanças na vida do estudante, sobretudo, nos períodos iniciais do curso. Nesse processo de amadurecimento, o comportamento do universitário pode ter influência dos componentes biológicos, culturais e psicológicos, o que influencia em suas condutas de saúde (Gouveia et al, 2021).…”

“…Uma pesquisa realizada em uma instituição pública da região nordeste reportou que 33.3% dos entrevistados já haviam sido diagnosticados com alguma IST, com predomínio de HPV, sífilis e gonorreia (Gouveia et al, 2021). Já um estudo conduzido com 405 estudantes de enfermagem da Itália encontrou uma prevalência de IST de 10.3% (Santangelo et al, 2020).…”

Perfil de saúde sexual e a prevalência de infecções transmissíveis em estudantes universitários: Estudo Seccional

“…Em âmbito nacional, se tem a estimativa de que 0,6% da população com 18 anos ou mais (aproximadamente um milhão de pessoas) teve diagnóstico de IST nos 12 meses anteriores à pesquisa inédita realizada pela Pesquisa Nacional de Saúde 2 (PNS) em 2019. Não obstante a faixa etária ser predominante na população jovem, ainda não se tem dados quanto à prevalência dessas infecções e os conhecimentos sobre a saúde sexual quando relacionado à população universitária, de maneira que se julga necessário avaliar os casos nesta população 3 .…”

“…Também se faz necessário entender que esse ambiente educacional provoca mudanças nos hábitos de vida dos acadêmicos, influenciando diretamente no processo saúde-doença. Esta realidade é observada em todos os cursos de nível superior e, em algumas situações, intensificada devido a mudança nas estruturas de estudo, sentidas principalmente nos períodos iniciais, na intensidade da carga horária e outras peculiaridades 3,4 .…”

“…Tais condutas são características do processo de amadurecimento, bem como das mudanças sociais, culturais, biológicas e psicológicas. Dessa maneira, infere-se que, A no contexto atual, a população jovem adulta é grupo de risco para contração de ISTs 3,4,5 .…”