Resumo: Atletas apresentam risco para micoses cutâneas. Estudados 23 jogadores de futebol, através de exames clínico, micológicos (direto e cultura) e clipping ungueal, dezoito (78,26%) não apresentavam micoses; dois (8,70%) apresentavam tinea pedis e três (13,04%) onicomicose, associada à tinea pedis, principalmente por Trichophyton mentagrophytes. Tinea pedis infectada produziu celulite em um atleta. É necessário um programa educativo de cuidados com a pele no esporte.
COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃOA terminologia "pé-de-atleta" ou "frieira" é associada à prática desportiva, entretanto, são escassos, na literatura, estudos na população que exerce o esporte profissionalmente. No futebol, a tinea pedis, principalmente, quando infectada ou associada à onicomicose, ultrapassa o sujeito individual para refletir no coletivo, sendo fundamental a prevenção. [1][2][3][4] Pesquisa transversal e descritiva, aprovada pelo Comitê de Ética do HC-UFPR, avaliou a prevalência de dermatofitoses podais em 23 jogadores masculinos de futebol profissional em Curitiba (PR), através de exames micológicos direto e culturas dos pés: unha, região plantar, interdigital e ainda, exame histopatoló-gico de fragmento ungueal, corado pelo PAS com digestão.
5Os atletas apresentavam idade entre 18 a 30 anos (média 23,48 ± 3,06), peso 75,57 ± 6,29 kg, estatura 1,79 ± 0,05 metros, tempo de profissão 6,13 ± 2,77 anos, sendo dez (43,48%) brancos, nove (39,13%) mulatos e quatro (17,39%) negros. Procediam do sul (39,13%) e sudeste (21,74%) do país. Dezoito atletas (78,26%) cursaram de quatro a oito anos de ensino regular; quatro atletas (17,39%) possuíam ensino médio completo e um (4,35%) cursava a Faculdade de Educação Física.Três casos (13,04%) apresentavam onicomicose, associada à tinea pedis, e dois (8,70%), somente tinea pedis. Todos os casos de onicomicose estavam associados a tinea pedis interdigital. (Tabela 1)