Avaliar o perfil clínico, a melhora da dor e a necessidade de intervenções cirúrgicas em pacientes submetidos ao bloqueio transforaminal com uso de corticosteroides e anestésicos. Métodos: ensaio clínico randomizado e duplo-cego, com n=45, apresentando dor radicular unilateral em membros inferiores, tendo diagnóstico de hérnia discal lombar em único segmento. Ocorreu distribuição aleatória dos pacientes em dois grupos: o grupo intervenção e o grupo controle. Após, foram realizados bloqueios transforaminais com bupivacaína, dexametasona e clonidina no grupo intervenção, e no controle foi realizado o bloqueio com água destilada e bupivacaína. Além disso, foi aplicado o questionário de incapacidade de Oswestry no dia do procedimento e após uma e três semanas. Resultados: foram avaliados 45 pacientes, sendo 24 mulheres (53,4%) e 21 homens (46,6%). Dos pacientes que possuíam ocupação, 85,71% (n=30) estavam afastados de suas funções por conta da doença e 14,29% (n=5) continuavam a trabalhar, porém, referindo limitações. Avaliou-se que os pacientes que foram submetidos a bloqueio transforaminal com injeção de corticoide, clonidina e anestésico apresentam alívio imediato, mas após três semanas, esse efeito não perdura de forma tão satisfatória tendo apenas 52% dos pacientes apresentando melhora em graus variados. Já no grupo controle, houve discreto alívio álgico após uma semana, que não perdurou de forma satisfatória após três semanas, com 50% dos pacientes evoluindo para melhora em graus variados. Discussão: os resultados desse estudo sugerem um efeito positivo após uma e três semanas do bloqueio foraminal tanto com a solução contendo corticoide, clonidina e anestésico quanto com a solução contendo água destilada e anestésico. Esse resultado favorece a possibilidade de que a melhora nas primeiras semanas está relacionada ao uso de anestésico na solução e não ao uso do corticoide. Conclusões: Novos estudos com um espaço amostral maior, novos dados epidemiológicos e um seguimento mais prolongado serão necessários para validar as hipóteses aventadas.