OBJETIVO: apresentar a casuística cirúrgica no tratamento da tuberculose vertebral e comparar os resultados com a literatura atual. MÉTODOS: foi realizada a análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes submetidos à cirurgia para tratamento da espondilite tuberculosa. Foram estudados o tipo de cirurgia realizada, o estado neurológico e o grau de cifose antes da cirurgia e ao final de 12 meses. O Estado neurológico foi definido pela escala de Frankel modificada. A deformidade cifótica foi medida pelo método de Cobb. Foram identificados 23 pacientes com diagnóstico confirmado de tuberculose vertebral. Foram submetidos a tratamento cirúrgico 13 dos 23 pacientes. Três pacientes foram excluídos e dez pacientes participaram do estudo. RESULTADOS: a maioria dos pacientes foi submetida à descompressão, artrodese anterior e posterior por via combinada ou posterior com instrumentação. Seis dos dez pacientes apresentavam déficit neurológico ao diagnóstico, sendo duas crianças que apresentavam a lesão denominada de Mal de Pott à admissão. Três pacientes apresentaram recuperação completa da função motora dos membros inferiores. Um paciente apresentou piora do déficit neurológico após a cirurgia devido à resistência bacteriana ao uso de quatro drogas diferentes e à meningite tuberculosa. Em relação às medidas da cifose angular e regional no início e ao final do seguimento, constatou-se que a média da cifose angular no início foi de 26,7º (0º a 90º) e de 21,2º (0º a 50º) ao final do seguimento. A média da cifose regional no início foi de 24,10º (-27º a +60º) e de 21º (-33º a +65º) ao final do seguimento. Houve uma redução da média de cifose angular e regional de 5,7º e 3,1º, respectivamente. Não se observou progressão significativa da cifose em nenhum dos pacientes operados. CONCLUSÃO: o tratamento cirúrgico da espondilite tuberculosa nesta série de casos foi eficaz na prevenção da progressão da cifose avaliada em um período mínimo de 12 meses. O déficit neurológico relacionado à tuberculose vertebral foi mais grave nas crianças.
OBJECTIVES: To evaluate the neuroprotective effect of epidural hypothermia in rats subjected to experimental spinal cord lesion.METHODS:Wistar rats (n = 30) weighing 320-360 g were randomized to two groups (hypothermia and control) of 15 rats per group. A spinal cord lesion was induced by the standardized drop of a 10-g weight from a height of 2.5 cm, using the New York University Impactor, after laminectomy at the T9-10 level. Rats in the hypothermia group underwent epidural hypothermia for 20 minutes immediately after spinal cord injury. Motor function was assessed for six weeks using the Basso, Beattie and Bresnahan motor scores and the inclined plane test. At the end of the final week, the rats' neurological status was monitored by the motor evoked potential test and the results for the two groups were compared.RESULTS:Analysis of the Basso, Beattie and Bresnahan scores obtained during the six-week period indicated that there were no significant differences between the two groups. There was no significant difference between the groups in the inclined plane test scores during the six-week period. Furthermore, at the end of the study, the latency and amplitude values of the motor evoked potential test were not significantly different between the two groups.CONCLUSION:Hypothermia did not produce a neuroprotective effect when applied at the injury level and in the epidural space immediately after induction of a spinal cord contusion in Wistar rats.
RESUMOO trauma raquimedular (TRM) é uma agressão à medula espinhal que pode acarretar prejuízos neurológicos graves, desde alterações das funções motora, sensitiva e autônoma até síndromes incapacitantes. Trata-se de estudo quantitativo, retrospectivo e descritivo que objetivou levantar o perfil epidemiológico do traumatismo raquimedular no âmbito da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal nos últimos 3 anos, das vítimas que foram encaminhadas ao Hospital da Região Leste (HRL), referência em lesões da coluna vertebral, a fim de promover uma avaliação minuciosa a partir de fonte secundária de dados (prontuário eletrônico), analisando a distribuição e os determinantes das lesões medulares traumáticas e possibilitar posteriores proposições de estratégias de prevenção para reduzir a incidência do TRM no DF. Observou-se que 83,33% dos pacientes pertenciam ao gênero masculino, com média de idade de 40,29 anos. A etiologia mais frequente foi acidente automobilístico, com faixa etária de maior ocorrência de 36 a 45
Avaliar o perfil clínico, a melhora da dor e a necessidade de intervenções cirúrgicas em pacientes submetidos ao bloqueio transforaminal com uso de corticosteroides e anestésicos. Métodos: ensaio clínico randomizado e duplo-cego, com n=45, apresentando dor radicular unilateral em membros inferiores, tendo diagnóstico de hérnia discal lombar em único segmento. Ocorreu distribuição aleatória dos pacientes em dois grupos: o grupo intervenção e o grupo controle. Após, foram realizados bloqueios transforaminais com bupivacaína, dexametasona e clonidina no grupo intervenção, e no controle foi realizado o bloqueio com água destilada e bupivacaína. Além disso, foi aplicado o questionário de incapacidade de Oswestry no dia do procedimento e após uma e três semanas. Resultados: foram avaliados 45 pacientes, sendo 24 mulheres (53,4%) e 21 homens (46,6%). Dos pacientes que possuíam ocupação, 85,71% (n=30) estavam afastados de suas funções por conta da doença e 14,29% (n=5) continuavam a trabalhar, porém, referindo limitações. Avaliou-se que os pacientes que foram submetidos a bloqueio transforaminal com injeção de corticoide, clonidina e anestésico apresentam alívio imediato, mas após três semanas, esse efeito não perdura de forma tão satisfatória tendo apenas 52% dos pacientes apresentando melhora em graus variados. Já no grupo controle, houve discreto alívio álgico após uma semana, que não perdurou de forma satisfatória após três semanas, com 50% dos pacientes evoluindo para melhora em graus variados. Discussão: os resultados desse estudo sugerem um efeito positivo após uma e três semanas do bloqueio foraminal tanto com a solução contendo corticoide, clonidina e anestésico quanto com a solução contendo água destilada e anestésico. Esse resultado favorece a possibilidade de que a melhora nas primeiras semanas está relacionada ao uso de anestésico na solução e não ao uso do corticoide. Conclusões: Novos estudos com um espaço amostral maior, novos dados epidemiológicos e um seguimento mais prolongado serão necessários para validar as hipóteses aventadas.
OBJETIVO: Comparar a incidência de fraturas de vértebras adjacentes nos pacientes submetidos à vertebroplastia e cifoplastia. MÉTODOS: Estudo retrospectivo baseado na análise de prontuários e exames radiográficos pré e pós-operatórios de janeiro de 2002 a janeiro de 2009. O seguimento mínimo foi de três meses. Os pacientes foram divididos em dois grupos distintos: Vertebroplastia (V) e Cifoplastia (C), de acordo com o procedimento realizado. Foram comparadas entre os dois grupos, a altura dos corpos vertebrais e a cifose angular antes e depois de cada procedimento e correlacionadas com a incidência de fraturas vertebrais adjacentes. A análise estatística foi feita pelos testes qui-quadrado, t de Student e ANOVA de dois fatores seguida por teste post-hoc de Bonferroni. RESULTADOS: Foram analisados os prontuários de 55 pacientes. Dez pacientes foram excluídos do estudo. Vinte e seis pacientes realizaram vertebroplastia e dezenove pacientes realizaram cifoplastia. Foi observada redução da cifose angular média nos pacientes do grupo C de 1,81 graus quando comparados aos pacientes do grupo V. Não houve diferença estatística entre os dois grupos quanto à altura média do corpo vertebral pré- e pós-operatória. Três pacientes do grupo V e dois pacientes do grupo C apresentaram fratura vertebral adjacente. Os dois pacientes com fraturas adjacentes do grupo C estavam em uso de corticosteroides. Os três pacientes do grupo V com fraturas adjacentes apresentaram extravasamento de cimento. CONCLUSÃO: Não houve diferença na incidência de fraturas vertebrais adjacentes entre os dois grupos.
O trauma raquimedular (TRM) é uma agressão à medula espinhal que pode acarretar prejuízosneurológicos graves, desde alterações das funções motora, sensitiva e autônoma atésíndromes incapacitantes. Trata-se de estudo quantitativo, retrospectivo e descritivo queobjetivou levantar o perfil epidemiológico do traumatismo raquimedular no âmbito daSecretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal nos últimos 3 anos, das vítimas que foramencaminhadas ao Hospital da Região Leste (HRL), referência em lesões da coluna vertebral, afim de promover uma avaliação minuciosa a partir de fonte secundária de dados (prontuárioeletrônico), analisando a distribuição e os determinantes das lesões medulares traumáticas epossibilitar posteriores proposições de estratégias de prevenção para reduzir a incidência doTRM no DF. Observou-se que 83,33% dos pacientes pertenciam ao gênero masculino, commédia de idade de 40,29 anos. A etiologia mais frequente foi acidente automobilístico, comfaixa etária de maior ocorrência de 36 a 45 anos, representando 47,5% do total, dos quais45,61% envolveram motocicletas. Queda de altura ficou em segundo lugar, com 30,83% efaixa etária de maior acometimento entre 56 e 65 anos, sendo que a totalidade de TRMsdecorrentes de tentativa de autoextermínio se enquadram nesta etiologia e representam3,33% do total das lesões raquimedulares estudadas. As 5 cidades do DF que abrigam quase50% da situação de pobreza extrema contaram com 41,58% dos TRMs. Dos 120 prontuários,39 apresentavam relato de atendimento pré-hospitalar por equipe profissional. Para as lesõesem si, foi encontrada predominância de nível radiológico em coluna torácica (44,16%), seguidapor cervical (31,5%) e lombar (18,34%). A classificação ASIA mais prevalente nos casosestudados foi A (55%), com C, D e B ordinalmente com aproximadamente 15% cada. Otratamento majoritariamente de escolha foi a artrodese, totalizando 83,49% dos casos. Ascomplicações mais frequentemente associadas ao TRM foram úlcera por pressão, pneumonia,atelectasia, infecção de trato urinário e espasticidade. A média de internação foi de 42,56 diasem enfermaria, e 66,66% dos pacientes necessitaram internação em UTI. 6,67% dos pacientesevoluíram para óbito. Os custos totais com o tratamento do TRM para a SES-DF durante os 3anos foi de aproximadamente R$3.140.736,51, com custo médio por paciente de R$8.078,01.Este estudo possibilitará planejamento de políticas públicas relacionadas ao traumaraquimedular no Distrito Federal, visto que os dados demonstram ambientes e público demaior necessidade de atuação para prevenção primária e secundária, além de permitir amelhor abordagem de acordo com as características epidemiológicas das lesões e melhoralocação de recursos voltados ao seu tratamento.
A Síndrome de Gorham-Stout (SGS), também denominada de osteólise maciça é uma patologia rara, que pode se dispor a importante morbidade e mortalidade, caracterizada pela proliferação intraóssea idiopática de estruturas angiomatosas ou dos vasos linfáticos resultando em destruição progressiva e reabsorção óssea. Ela afeta principalmente ossos das áreas maxilofaciais, dos membros superiores (incluindo a escápula) e do tronco (incluindo as costelas, clavículas e cinturas pélvicas), e, menos comumente, ocorre o envolvimento primário da coluna.Cerca de 300 casos de GSD foram descritos na literatura até o momento. Os sinais e sintomas iniciais costumam ser fraturas patológicas, mas podem ser inespecíficos, como dor, inchaço local, restrição de movimento e parestesia. A SGS costuma evoluir para deformidade óssea, fraturas espontâneas, derrame pericárdico e quilotórax.Atualmente, não existe um consenso sobre plano terapêutico, podendo variar desde um manejo conservador e medicamentoso, com o uso de radioterapia e medicamentos como o INF-α ou bisfosfonatos, até o cirúrgico, realizado ao envolver a caixa torácica, com a ressecção do osso afetado ou artrodese. Destarte, descrevemos a abordagem terapêutica realizada pela equipe médica neste relato de caso para contribuir futuro consenso sobre o tratamento.Devido à escassez de estudos publicados sobre essa síndrome, foi abordado, no presente artigo, um relato de caso de um paciente do sexo masculino de 43 anos com a Síndrome de Gorham-Stour, aprovado para publicação pelo paciente, bem como uma revisão completa da literatura sobre a doença para melhor análise da patologia. As palavras-chaves foram utilizadas na base de dados Pubmed, com obtenção de 38 artigos publicados no período de 1944 e 2021. Dentre esses, foram selecionados todos aqueles que abordam o acometimento da coluna espinhal, sendo posteriormente confeccionada uma tabela para analisar os principais aspectos do quadro da Síndrome Gorham-Stout.A revisão é de extrema importância devido ao tratamento incerto e à má responsividade dessa doença às terapias habituais. Pode-se, assim, ajudar a formular um consenso sobre a melhor abordagem e o mais adequado plano terapêutico, respaldado nos relatos de caso publicados até o momento da confecção e publicação deste presente artigo.
Objetivo: Avaliar o perfil clínico, a melhora da dor e a necessidade de intervenções cirúrgicas em pacientes submetidos ao bloqueio transforaminal com uso de corticosteroides. Métodos: Trata-se de estudo prospectivo, randomizado e duplo-cego, com n= 30 com dor radicular unilateral em membros inferiores. Houve alocação aleatória dos pacientes em dois grupos, intervenção e controle. Foi procedida realização de bloqueio transforaminal com bupivacaína, dexametasona e clonidina no grupo intervenção, e no controle realizada com água destilada e bupivacaína. Além disso, foi aplicado o questionário de incapacidade de Oswestry. Resultados: No grupo intervenção houve alívio imediato da dor, mas após 3 semanas havia declínio desse efeito, conquanto que no grupo controle, o alívio álgico permaneceu (mesmo em menor escala). Discussão: alguns estudos atribuem a melhora aguda dos pacientes ao efeito do corticoide infiltrado, no entanto a utilização de anestésico no grupo controle, realizado neste estudo, demonstrou que esta melhora aguda pode ser atribuída ao anestésico utilizado e não ao corticoide. Conclusões: Novos estudos com um espaço amostral maior e um seguimento mais prolongado são necessários para validar as hipóteses aventadas
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