Práticas Do Cuidado De Si Na Prevenção Das Ist Realizadas Por Travestis E Mulheres Transexuais, Em Curitiba E Ponta Grossa, Paraná

Abstract

Nesta pesquisa problematizamos ‘quais são as práticas do cuidado de si executadas por travestis e mulheres transexuais, na prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), nos municípios de Curitiba e Ponta Grossa, Paraná?’. Para responder à questão central, utilizamos a técnica de coleta de dados entrevista semiestruturada e entrevistamos 20 pessoas que se auto identificam como travestis e mulheres transexuais, nos municípios de Curitiba e Ponta Grossa, Paraná. Estas entrevistas ocorreram com base na técnica estatística de amostragem Snowball (GOODMAN, 1961) e foram analisadas com base na técnica de análise de discurso (BARDIN, [1977] 2016). Com base na literatura Queer e nas reflexões das Geografias das Sexualidades, compreendemos que o uso de preservativo e a realização de exames, são práticas do cuidado de si que compõe a relação saúde e doença dos corpos de travestis e mulheres transexuais. Embora em alguns casos tenha ocorrido a infecção do HIV/AIDS e demais IST, constatou-se que entre o grupo de travestis e mulheres transexuais entrevistadas, a prática do uso de preservativos aliado ao PrEP, se constituem como as práticas do cuidado de si na prevenção das IST.

Das territorialidades hegemônicas às territorialidades Queer (Cuier): excitando os limites da Geografia

“…Ramon Braga (2020) Michel Foucault e Judith Butler são mencionados enquanto referência teórica basilar no que se refere às teorias queer. Quanto à metodologia, o autor utilizou-se da técnica de snowball (bola de neve) a partir da qual foi possível realizar 20 entrevistas semiestruturadas com mulheres travestis e/ou transexuais.…”

Nós. Homens, Geógrafos…e Feministas?

“…Há diferentes modos de se constituir mulher, bem como constituir-se homem (daí a relevância dos estudos sobre masculinidades), seja através de processos histórico-culturais (SCOTT, 1988) e/ou atos e gestos performados (BUTLER, 2003). São indispensáveis, portanto, estudos feministas que conjugam ambos universos.…”