Práticas de cuidado à mulher em situação de violência doméstica e COVID-19 no serviço de emergência

Abstract

Objetivou-se compreender as representações sociais de enfermeiras emergencistas sobre as práticas de cuidado à mulher em situação de violência doméstica durante a pandemia da COVID-19. Estudo exploratório, descritivo, de abordagem qualitativa embasado na abordagem processual da Teoria das Representações Sociais, desenvolvido com 22 enfermeiras que atuam na unidade de Urgência e Emergência de um hospital público de alta complexidade. A produção de dados foi baseada na entrevista semiestruturada e utilizada a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo para sua análise. A conformação dos núcleos de sentido culminou na construção de cinco discursos sínteses, que remetem aos agravos e danos decorrentes da violência doméstica, vivenciados pela mulher durante a pandemia da COVID-19, além de fazer alusão às práticas de cuidado implementadas. Em suas representações, enfermeiras emergencistas verbalizam que o ato de acolher deve ser a conduta inicial na receptividade da mulher em situação de violência doméstica, por meio da empatia, do processo de escuta atenta e de se reconhecerem como protagonistas no processo de cuidar e enfrentamento da violência doméstica.