Prática interprofissional colaborativa no serviço de emergência: atribuições privativas e compartilhadas dos fisioterapeutas

Abstract

Resumo Consideradas a dinamicidade e complexidade dos serviços de emergência, bem como a recomendação de prática colaborativa interprofissional em saúde, este estudo foi desenvolvido para identificar as atribuições específicas e as compartilhadas dos fisioterapeutas que atuam nas equipes desses serviços. Foi realizada análise documental, para mapeamento das ações, e técnica Delphi, para consenso. Foram identificadas 26 atribuições, sendo cinco privativas do fisioterapeuta, 12 compartilhadas com médicos e enfermeiros e nove sem consenso. Isso mostra, de um lado, a ampliação do escopo de prática das profissões e a constituição de atribuições comuns entre os três profissionais, em especial entre fisioterapeutas e médicos. Por outro lado, também mostra que existem potenciais conflitos pela indefinição de um terço de atribuições. Há flexibilidade das fronteiras profissionais, o que pode contribuir para abordagem integral das necessidades dos pacientes e efetivo trabalho em equipe colaborativo.

Fisioterapia na atenção básica sob a ótica da residência multiprofissional em saúde da família

“…Na residência multiprofissional de atenção básica é possível proporcionar aos residentes de Fisioterapia, a dinâmica assistencial com diferentes campos de saberes da área da saúde como Medicina, Enfermagem, Psicologia, Farmácia e com outros atores que estão envolvidos na rede de atenção à saúde como Agentes de Saúde, Assistentes Sociais, mobilizadores sociais e a própria comunidade. Sendo uma prática profissional baseada em decisões coletivas, numa perspectiva interdisciplinar (BATISTA; PEDUZZI, 2018).…”

Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde: experiência da Educação Interprofissional na graduação

“…A "clareza de papéis" para a estudante, refere-se a percepção do seu papel profissional para entender sua função na equipe, não incluindo, aparentemente, o interesse pelo conhecimento das atribuições, dos escopo de práticas e das responsabilidades dos demais membros da equipe (Batista & Peduzzi, 2018). Pode-se associar tal restrição de entendimento do seu papel à predominância de uma formação ainda isolada, mas por outro lado, na prática comparece, como trazido pelos estudantes, a potencialidade para o cuidado e para formação ao se respeitar e entender os saberes e a contribuição de outras categorias profissionais, possibilitando a associação da saúde mental com a saúde bucal, antes não articulada, por exemplo.…”

Potencialidades e desafios para a educação interprofissional no contexto da graduação em cursos da saúde

“…Entretanto, é importante considerar que a integração de outros cursos à experiência de EIP traz consigo o complexo desafio de delimitar a(s) interface(s) entre as diferentes áreas profissionais para o desenvolvimento da prática interprofissional colaborativa (PIC), onde as diferentes profissões compartilham conhecimentos, habilidades e expertises para prover um cuidado centrado nos usuários (Batista & Peduzzi, 2018). Sobre as PIC, não identificamos situações nas quais os estudantes da IFISUS tenham desenvolvido tais práticas junto aos usuários dos serviços de saúde, o que representa uma importante lacuna nessa recente disciplina de EIP, mas também aponta para a necessidade de fortalecimento da articulação ensino-serviço no sentido de integrar o serviço como parceiro na formação dos profissionais de saúde.…”