Pós-construcionismo e neo-experimentalismo em Psicologia Social

Abstract

RESUMO A partir do exame de parte da literatura psicossociológica situada entre a década de 1970 e os dias atuais, o presente artigo pretende examinar e descrever os dois principais movimentos que, nas últimas quatro décadas, vêm modificando consideravelmente o perfil desta ciência (a saber, o Construcionismo Social e a Neurociência Social), como forma de apresentar, sumariamente, o estado atual da Psicologia Social e discutir alguns dos problemas epistemológicos que lhe são contemporâneos-como, por exemplo, o risco de reducionismo linguístico por parte do socioconstrucionismo e o risco de reducionismo fisicalista por parte da neurociência social.

Estudo de caso dos repertórios interpretativos empregados na construção de posicionamentos contrários ao sistema de cotas raciais nas universidades públicas brasileiras em comentários na internet

“…A categoria raça é, assim, entendida como um instrumento fundamental para novas possibilidades de abordagem do fenômeno do racismo e das relações raciais, com contribuições que passam pelo estudo dos mecanismos de branqueamento e de organização da identidade racial branca ou "branquitude" (CARONE & BENTO, 2002;BENTO, 2005;HOFBAUER, 2006;CARDOSO, 2010;SCHUCMAN, 2010;SHUCMAN, 2012, SERRA & SCHUCMAN, 2012 As características da pesquisa tradicional em psicologia social, tal como apresentada em trabalhos que buscam mapear sua trajetória e suas características atuais (potencialidades, críticas, contribuições, problemas e limitações) (GERGEN, 1985;POTTER & WETHERELL, 1987;WETHERELL & POTTER, 1992;MÉLO et. al., 2007;GERGEN, 2008;BOECHAT & PORTUGAL, 2010) permitem situar a perspectiva construcionista como uma estratégia a partir da qual é possível trabalhar com certos tipos de discursos, como o discurso racista, em situações espontâneas, não-experimentais, de interação e uso da linguagem nas experiências de comunicação, interface e interatividade que a internet possibilita e condiciona.…”