Políticas de currículo e avaliação e políticas docentes

Abstract

O artigo retoma alguns princípios norteadores das reformas de currículo no país, em especial o das políticas da equidade e do ensino por competência; problematiza aspectos referentes à relação entre modelos de gestão de currículo e profissionalismo docente e desdobra questões relativas às políticas de avaliação de resultados e suas implicações no currículo e nas práticas escolares.

Desenho de Inovação Educativa para o Instituto Santa Maria Mazzarello / Design of Educational Innovation for Santa Maria Mazzarello Institute

“…(CORTESÃO, 2002) Sobre o ensino orientado pela noção de competência, a proposta é que ele não se reduza à mera reprodução de um saber letrado; deve antes levar o aluno a mobilizar recursos cognitivos os mais diversos para responder adequadamente a uma situação nova, tendo em conta o contexto. (BARRETO, 2012). E deve-se ainda levar em conta que:…”

Formação docente, um projeto impossível

“…Uma trajetória consensuada dos sentidos da docência no campo de formação de professores -à qual fazemos aqui uma aproximação breve, uma vez que são significações que envolvem múltiplas traduções -refere-se à passagem de uma lógica de ensino pautada pela vocação para uma abordagem profissional (GATTI; BARRETTO;ANDRÉ, 2011;MACEDO;TURA, 2012).…”

“…profissional que tem condições de confrontar-se com problemas complexos e variados, estando capacitado(a) para construir soluções em sua ação, mobilizando seus recursos cognitivos e afetivos. (gatti; Barretto;andrÉ, 2011, p. 93) Já a ideia de profissionalidade emerge no Brasil com a ampliação dos sistemas de ensino, com o fortalecimento dos movimentos sociais dos anos 1980, como a sindicalização, entre tantas outras disputas que se evidenciaram naquele momento. O discurso docente tende a se afastar da ideia de missão e o professor passa a ser reconhecido como profissional qualificado pelo conhecimento técnico-científico e pela racionalidade prática, às quais, em um registro de luta política, se agrega a ideia de agente da mudança social.…”

Produção acadêmica brasileira sobre avaliação em educação infantil: primeiras aproximações

“…(BARRETTO et al, 2001, p. 55) Nas produções acadêmicas dos anos 2000, adquire corpo a discussão sobre a centralidade que a avaliação educacional passa a ter na configuração dos sistemas de ensino brasileiros a partir dos anos 1990, principalmente com a proposta de avaliação externa em larga escala. Inúmeras têm sido as críticas à lógica intrínseca às propostas de avaliação adotadas no país (BARRETTO, 2012;OLIVEIRA, 2003 Considerando os poucos trabalhos acerca dos possíveis impactos das avaliações externas e dos usos de seus resultados, é importante destacar uma pesquisa realizada por Brooke e Cunha (2011) sobre os sistemas de avaliação de cinco estados brasileiros. Os autores organizaram por finalidades os usos da avaliação externa como instrumento da gestão educacional nos estados, constituindo as seguintes categorias:…”