Política social e trabalho familiar: questões emergentes no debate contemporâneo

Mioto, Regina Célia Tamaso

doi:10.1590/0101-6628.047

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“…No decorrer desse século, também a escola sofreu consideráveis transformações no que diz respeito a seu papel na formação e na educação. A escolarização não cessou de ampliar sua esfera de atuação, estendendose ao longo de toda a vida dos sujeitos (Mioto, 2015). Evidentemente, esse aumento do tempo de escolarização responde ao considerável desenvolvimento tecnológico então experimentado, que solicita a for mação ampliada e a capacitação de uma mão de obra cada vez mais especializada.…”

Section: Desenvolvimentounclassified

Transformações institucionais contemporâneas: uma análise sobre as relações não presenciais

Carvalho¹

2018

Psicologia - Teoria E Prática

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Section: Desenvolvimentounclassified

Transformações institucionais contemporâneas: uma análise sobre as relações não presenciais

Carvalho¹

2018

Psicologia - Teoria E Prática

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“…Até o final da Idade Média e início do Capitalismo, não havia separação formal entre casa e trabalho. O trabalho reprodutivo -doméstico e de cuidado -não era isolado do trabalho produtivo -de geração de renda (MIOTO, 2015;BRAYBON, 2012;PERNOUD, 1995). A partir da consolidação das cidades e construção das indústrias, esta organização foi alterada e, graças à cultura capitalista, o trabalho produtivo passou a ser mais valorizado que o trabalho reprodutivo (DEDECCA, 2015;MIOTO, 2015;DEDECCA, 2008;FONTOURA et al, 2010).…”

Section: Introductionunclassified

“…Toda esta reorganização social refletiu na rotina, papéis desempenhados e uso do tempo da mulher que, inserida no mercado de trabalho, passou a acumular novas funções para além do trabalho reprodutivo (MIOTO, 2015;BRAYBON, 2012;FONTOURA et al, 2010).…”

Section: Introductionunclassified

“…É possível que no contexto latino, em que se preza pelo coletivo mais que em culturas individualistas, a ocupação do cuidado seja mais valorizada pelas participantes do que em outros contextos. Isto pode também estar relacionado às expectativas sociais criadas para que mulheres desempenhem papéis relacionados ao cuidado(TRIGO, 2019;MIOTO, 2015;. Assim, cuidar do outro, seja a pessoa uma amiga, parente, filho ou um desconhecido (como é o caso do trabalho voluntário), aparece como algo relevante para as mulheres entrevistadas.Já em relação ao uso do próprio tempo, observa-se que mulheres sem filhos relataram muita importância para o papel ocupacional de passatempo/amador (demonstrando que dedicam tempo a este papel).…”

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Mulheres Trabalhadoras Com e Sem Filhos: Estudo Qualitativo Sobre Papéis e Uso do Tempo

Barbano¹,

Cruz

2020

RFSA

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RESUMOCom a inserção da mulher no mercado de trabalho, a distribuição de suas ocupações foi alterada e isso impactou no uso de seu tempo. O objetivo deste estudo foi investigar e comparar a importância e o significado dados aos papéis ocupacionais desempenhados por mulheres trabalhadoras com e sem filhos, bem como se estão satisfeitas com o modo como ocupam o próprio tempo. Foi utilizado como referencial teórico o Modelo de Ocupação Humana. Trata-se de um estudo descritivo e comparativo de abordagem qualitativa. Foram aplicados os instrumentos "Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais" e uma "Entrevista semiestruturada" (elaborada pelos pesquisadores). Participaram oito mulheres trabalhadoras, divididas em dois grupos: com e sem filhos. Os dados da lista foram tabulados descritivamente e as entrevistas foram transcritas e analisadas por "Análise de Conteúdo Temática". Emergiram três categorias: "A ocupação como identidade e seus significados a partir dos papéis ocupacionais"; "Satisfação e insatisfação quanto ao uso do tempo para participação em novas ocupações"; "A falta de tempo resultante da sobrecarga de papéis". Os resultados mostraram que, em ambos os grupos, o papel de trabalhadora e membro de família é mencionado como muito significativo. Para as mulheres com filhos, trabalhar equilibra os papéis dentro e fora do lar, além de ajudar financeiramente a família. Em todas as entrevistas apareceu a necessidade de administrar melhor o próprio tempo para se engajar em maior número de ocupações. Palavras-Chave:Trabalho. Mulheres. Papel Ocupacional. Uso do Tempo. Equilíbrio Trabalho-Família. ABSTRACTWith the insertion of women in the labor market, the distribution of their occupations was changed and this affected the use of their time. The aim of this study was to investigate and compare the importance and meaning given to roles played by working women with and without children, as well as being satisfied with the way they occupy their own time. The theoretical framework used was the Model of Human Occupation. This is a descriptive and comparative study with qualitative approach. The instruments "Role Checklist" and a "Semistructured Interview" (elaborated by the researchers) were applied. Eight working women participated, divided into two groups: with and without children. The data in the list were descriptively tabulated and the interviews were transcribed and analyzed by "Thematic Content Analysis". Three categories emerged "Occupation as identity and its meanings from roles"; "Satisfaction and dissatisfaction with the use of time to participate in new occupations"; "The lack of time resulting from role overload." The results showed that in both groups the role of worker and family member is mentioned as very significant. For women with children, working balances roles in and out of the home, as well as helping the family financially. In all interviews emerged the need to better manage their time to engage in more occupations.

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“…Uma mudança valorativa, no entanto, estava em curso. Ela pode ser caracterizada como um investimento cada vez maior no âmbito da vida privada, que passa a redefinir a vida cotidiana a partir desse período (Mioto, 2015). De modo correlato, o espaço público, a sociedade ou ainda o "mundo lá fora" tornam-se algo de que é necessário defender-se, sendo, portanto, valorado negativamente.…”

Section: Introductionunclassified

Família E Biopolítica: A Destruição Da Intimidade Nas Sociedades Contemporâneas

Carvalho

Mansano

2017

Psicol Estud

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RESUMO.O presente artigo busca problematizar a instituição familiar contemporânea partindo de uma abordagem histórica que remonta ao período de consolidação do modelo familiar burguês. Optou-se por analisar a instituição familiar na perspectiva das relações de poder tal como proposto por Michel Foucault. Especificamente, foi utilizada a concepção do autor de biopolítica, uma vertente do poder que se dirige às especificidades do corpo vivo. Para tanto, foi selecionada a questão da sexualidade como elemento historicamente presente nas transformações do modelo familiar: de uma família fechada sobre si e na qual a sexualidade era velada e reprimida, passou-se à família atual na qual estes mesmos temas ganham visibilidade e discussão em um espaço ampliado. Em seguida, questionam-se os efeitos da abertura familiar por uma intervenção biopolítica. Por fim, foi possível demonstrar que está em curso uma destruição sistemática da intimidade iniciada pelas intervenções biopolíticas e protagonizada por aqueles que resistem, de algum modo, às determinações do poder.Palavras-chave: Família; biopolítica; sexualidade. FAMILY AND BIOPOLITICS: THE DESTRUCTION OF INTIMACY IN THE CONTEMPORARY SOCIETYABSTRACT. This article seeks to discuss the contemporary family institution from a historical approach which dates back to the period of consolidation of the bourgeois family model. We decided to analyze the family institution in perspective of power relations as proposed by Michel Foucault. Specifically, the author of biopolitics, a power which is directed to the specificities of the living body, was used. To this end, was selected the issue of sexuality as historically this element in the transformations of the family model: a closed family about you and where sexuality was repressed and veiled, it moved to the current family in which these same topics gain visibility and discussion in an expanded space. Then wonder if the effects of the family by opening a biopolitical intervention. Finally, it was possible to demonstrate that there is a systematic destruction of the biopolitical interventions initiated intimacy and led by those who resist, somehow, to power determinations.Keywords: Family; biopolitics; sexuality. FAMILIA Y LA BIOPOLÍTICA: LA DESTRUCCIÓN DE LA INTIMIDAD EN LA SOCIEDAD CONTEMPORÁNEARESUMEN. En este artículo se pretende discutir la institución familiar contemporánea desde un enfoque histórico que se remonta al período de consolidación del modelo familiar burgués. Decidimos analizar la institución familiar en la perspectiva de las relaciones de poder propuesta por Michel Foucault. Específicamente, la concepción del autor de la biopolítica, un poder que se dirige a las particularidades del cuerpo viviente, fue utilizada. Para ello, se seleccionó el tema de la sexualidad como elemento históricamente presente en las transformaciones del modelo familiar: una cerrada familiar acerca de si misma y donde la sexualidad fue reprimida y velada, se trasladó a la familia en la que estos mismos temas ganan visibilidad y discusión en...

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Política social e trabalho familiar: questões emergentes no debate contemporâneo

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Transformações institucionais contemporâneas: uma análise sobre as relações não presenciais

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