“…Assim, a democracia deixa de ser pensada simplesmente por oposição ao autoritarismo (sistema não representativo), não mais tido como o único golpe de morte contra ela. A restrição da elevada competição política, marca das poliarquias (conceito adotado por WGS em sua obra para se referir aos regimes democráticos efetivamente existentes), pode se dar não somente através da limitação do número de votantes (o que, a partir do século XX, tem um custo altíssimo, pois pressuporia um retrocesso em relação ao sufrágio universal), mas também pelo que WGS chama número dos elegíveis (Santos, 1998). As poliarquias, lembra ele, são um produto de um processo histórico não calculado, desencadeado a partir da competição limitada das oligarquias, mas com uma dinâmica qualitativamente distinta e um fenômeno "recentíssimo" na história da humanidade.…”