“…Já há um bom tempo estudos nas searas das colonialidades incorporaram temas e dinâmicas de poder/saber para além das conquistas territoriais, a exemplo de reflexões epistemológicas sobre colonialidades e ciências, colonialidades e relações de gênero, colonialidades e racismo, colonialidades e religiões, colonialidades e genocídio de povos indígenas e, mais recentemente, esforços inaugurais na direção das relações entre colonialidades, práticas e processos de comunicação (Moraes, 2018;Gonzáles Pazos, 2020). Como ponto de partida, adotamos a perspectiva de Aníbal Quijano, para quem a colonialidade nem sempre implica relações racistas de poder, e se faz mais duradoura que o colonialismo, embora engendrada dentro deste último, e "[...] sem ele não poderia ser imposta na intersubjectividade do mundo tão enraizado e prolongado".…”