2018
DOI: 10.5007/1984-6924.2018v15n1p84
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Pode a subalterna a subalterna calar? Limites e transbordamentos entre repórter e entrevistadas

Abstract: Este artigo procura colaborar com uma questão central no debate sobre gênero, em especial aquele que compete à transgeneridade e à travestilidade: as discussões relativas à interseccionalidade e à consubstancialidade e os limites, embates, en­contros e transbordamentos surgidos a partir do fazer jornalístico. Neste sentido, realiza-se uma análise de textos (reportagens, matérias) sobre mulheres trans­gêneras e travestis e as ações e reações derivadas desses textos. Em particular, discutem-se os fenômenos surgi… Show more

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“…Já há um bom tempo estudos nas searas das colonialidades incorporaram temas e dinâmicas de poder/saber para além das conquistas territoriais, a exemplo de reflexões epistemológicas sobre colonialidades e ciências, colonialidades e relações de gênero, colonialidades e racismo, colonialidades e religiões, colonialidades e genocídio de povos indígenas e, mais recentemente, esforços inaugurais na direção das relações entre colonialidades, práticas e processos de comunicação (Moraes, 2018;Gonzáles Pazos, 2020). Como ponto de partida, adotamos a perspectiva de Aníbal Quijano, para quem a colonialidade nem sempre implica relações racistas de poder, e se faz mais duradoura que o colonialismo, embora engendrada dentro deste último, e "[...] sem ele não poderia ser imposta na intersubjectividade do mundo tão enraizado e prolongado".…”
Section: Colonialidades Do Poder E Do Saberunclassified
“…Já há um bom tempo estudos nas searas das colonialidades incorporaram temas e dinâmicas de poder/saber para além das conquistas territoriais, a exemplo de reflexões epistemológicas sobre colonialidades e ciências, colonialidades e relações de gênero, colonialidades e racismo, colonialidades e religiões, colonialidades e genocídio de povos indígenas e, mais recentemente, esforços inaugurais na direção das relações entre colonialidades, práticas e processos de comunicação (Moraes, 2018;Gonzáles Pazos, 2020). Como ponto de partida, adotamos a perspectiva de Aníbal Quijano, para quem a colonialidade nem sempre implica relações racistas de poder, e se faz mais duradoura que o colonialismo, embora engendrada dentro deste último, e "[...] sem ele não poderia ser imposta na intersubjectividade do mundo tão enraizado e prolongado".…”
Section: Colonialidades Do Poder E Do Saberunclassified
“…No caso do jornalismo, pensar a elaboração de "histórias de vida" é colocar em cena não um "método em si". A história de vida emerge, ali, como resultado -um texto a ser lido -e como gesto narrativo de resistência, que traz à luz histórias pouco contadas ou "mal" contadas, já que a padronização do narrar jornalístico, em termos gerais, caminhou, historicamente, muito mais pelo lado da homogeneidade e do estereótipo do que rumo à diversidade -como refletem criticamente Karam (1997; e Moraes (2018). Assim, pensar a história de vida inserida nesse contexto seria, como defendemos, considerar pelo menos a promoção de dois encontros que possuem dimensão dialógica: o de um/a jornalista com um/a perfilado/a, biografado/a ou entrevistado/a; bem como o da informação -como dado, técnica noticiosa e produto -com a(s) subjetividade(s).…”
Section: Marques E Martino (2016 P 40) Reivindicam Queunclassified
“…"Na história de vida é o informante quem decide o que vai relatar, enquanto o pesquisador se mantém, tanto quanto possível, silencioso" (Fernandes, 2010, p. 19). No diálogo tácito entre a história de vida e a escrevivência, lembrando os dizeres de Moraes (2018), Felitti coloca à mostra a humanidade e a dignidade de um sujeito esquecido pela sociedade. Mais que isso, ao assumir uma aproximação dele, cria também uma proximidade.…”
Section: Escreviver Na Relação Com O Outrounclassified
“…No debate realizado durante o lançamento de A pauta é uma arma de combate, no Rio de Janeiro, Fabiana Moraes disse considerar que seu novo livro traz o amadurecimento de uma reflexão iniciada em torno de dez anos antes, na escrita das reportagens que deram origem ao livro O nascimento de Joicy (MORAES, 2015), sobre jornalismo e subjetividade.…”
Section: Introductionunclassified