O objetivo deste artigo é analisar a comunidade quilombola tradicional de pescadores artesanais e marisqueiras na Ilha da Maré, no Brasil, e sua exclusão social, histórica e cultural, que teria resultado em um processo de invisibilidade. Os métodos utilizados foram o uso de pesquisa bibliográfi ca e documental. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, para a qual foi utilizada uma entrevista semiestruturada, a qual foi realizada por meio de um roteiro. Optouse também pelo método de estudo de caso, tendo-se escolhido a Ilha da Maré, localizada no Brasil, uma vez que Maré vem sofrendo há décadas com a poluição ambiental local na Ilha e no seu entorno. Constatou-se que o perfi l elitista da cultura jurídica do Estado brasileiro, perpetrado por um sistema de direito democrático normativo programático, mas não efetivo, não tem permitido ao Brasil enfrentar problemas políticos e sociais, principalmente devido aos ditames da ordem econômica neocapitalista globalizada dominante, que são diametralmente opostas à população de comunidades tradicionais. Percebeu-se que, na prática, a Comunidade Tradicional de Maré não encontrou eco nas vozes que insistem em demonstrar a exploração de seu ecossistema, a marginalização de seu modo de vida e cultura e a invisibilidade dos confl itos socioambientais por que passa.