Abstract:RESUMO O artigo se propõe a analisar as formas de pensar e lidar com o tempo no “Plano Pirata”, experimento poético publicado pelos poetas Paulo Leminski, Antonio Risério e Régis Bonvicino no final da década de 1970 que fazia uma paródia-homenagem ao “Plano Piloto para Poesia Concreta”. Defende-se aqui que o texto traduzia a vivência de uma geração de poetas que apostava no humor como modo do fazer artístico, crítica ético-política e conduta temporal que se configurava como uma das formas pelas quais essa gera… Show more
Neste ensaio tentamos demonstrar que o presente e o futuro também são história e devem ser dimensões da historiografia. Para isso, retomamos episódios de nosso livro Almanaque da COVID-19 e algumas de nossas leituras de momentos-chave do ano a fim de refletir sobre o que temos chamado historicidade atualista. Em alguns momentos, lançamos mão da retrospectiva, em outros, optamos por manter o efeito anacrônico de certas passagens a fim de evidenciar o aspecto contingente de toda representação do tempo. Dividimos o texto em três partes principais. Na primeira, apresentamos os deslocamentos mais recentes na hipótese sobre uma historicidade atualista. Na segunda, reunimos alguns episódios de 2020 como modo demonstrar o que estamos chamando atualismo em suas relações com a política e a história. Por fim, apontamos caminhos preliminares de uma ação com efeitos contra-atualista.
Neste ensaio tentamos demonstrar que o presente e o futuro também são história e devem ser dimensões da historiografia. Para isso, retomamos episódios de nosso livro Almanaque da COVID-19 e algumas de nossas leituras de momentos-chave do ano a fim de refletir sobre o que temos chamado historicidade atualista. Em alguns momentos, lançamos mão da retrospectiva, em outros, optamos por manter o efeito anacrônico de certas passagens a fim de evidenciar o aspecto contingente de toda representação do tempo. Dividimos o texto em três partes principais. Na primeira, apresentamos os deslocamentos mais recentes na hipótese sobre uma historicidade atualista. Na segunda, reunimos alguns episódios de 2020 como modo demonstrar o que estamos chamando atualismo em suas relações com a política e a história. Por fim, apontamos caminhos preliminares de uma ação com efeitos contra-atualista.
RESUMO O objetivo deste artigo é pensar os experimentos biográfico-poéticos de Paulo Leminski como narrativas históricas e a agência do e sobre o passado que eles articulam. O argumento central é o de que os modos de relação com o tempo que ali aparecem escapam àqueles que predominam na chamada cultura histórica, dialogando com as temporalidades da poesia e do mito. Trata-se, mais especificamente, de pensar como o poeta-biógrafo busca articular uma relação com o passado atravessada por aquilo que ele chamou de paixão, que implica levar em conta não apenas as presenças do outrora no interior do agora, mas também seus modos de participação nas dinâmicas temporais, isto é, nos movimentos de atualização e desatualização.
O objetivo deste artigo é analisar as experiências do tempo e as formas de historicidade implicadas na produção da série “Brasil: A Última Cruzada”, da empresa Brasil Paralelo. Criada em 2016 com o objetivo de oferecer um discurso com pretensões intelectuais às novas direitas brasileiras, a produtora tem na elaboração de uma narrativa negacionista da História do Brasil um dos seus campos de atuação mais destacados. Trata-se aqui de investigar o modo como esse discurso audiovisual manipula as experiências temporais disponíveis na contemporaneidade, articulando um discurso marcado pelo cronotopo historicista, que aponta para uma filosofia da história de matriz cristã e eurocêntrica, e para uma conduta atualista, pautada por uma experiência temporal autocentrada e uma retórica empreendedora que reduz a multiplicidade dos tempos a uma busca pelos empreendedores do passado.
Palavras-chave: negacionismo; historicidade; historicismo; atualismo; história do Brasil.
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