Plágio acadêmico: a percepção de estudantes de psicologia

Abstract

Esta pesquisa buscou caracterizar a percepção de graduandos em Psicologia sobre o plágio acadêmico. Para isso, realizou-se a coleta dos dados, por meio de um questionário estruturado, com auxílio da técnica da evocação livre de palavras e através de uma questão discursiva. Os dados foram analisados a partir de estatísticas textuais e análise temática de conteúdo, em que participaram um total de 46 alunos. Crime e cópia foram as recordações mais prevalentes entre os estudantes, totalizando 32 e 29, respectivamente. Apesar de ser um tema em ascensão, parece ainda ser um campo obscuro entre os entrevistados.Palavras chaves: Plágio, Estudantes universitários, Percepção social.This research aimed to characterize the perception of undergraduate students in Psychology on academic plagiarism. For this the data were collected through a structured questionnaire using the technique of free recall of words and through an discursive question. The data were analyzed from textual statistical and content thematic analysis in which a total 46 students participated. Crime and copying were the most prevalent memories among students totaling 32 and 29 respectively. Although it is a rising theme, it still seems to be an obscure field among those interviewed.Key words: Plagiarism, College students, Social perception. INTRODUÇÃOA questão do plágio acadêmico e da apropriação intelectual indevida não é um fenômeno contemporâneo [1]. A referência a essa temática data desde o século I d.C. ocorrendo, especialmente, no âmbito da Filosofia, caracterizado pelo uso ou apresentação de obras de outros autores como sendo de autoria própria por alguns filósofos. Como exemplo, pode ser citado a crítica a um possível plágio de Platão à obra de Epicarmo [2].Estudos apontam a ocorrência desse fato, no ambiente científico desde o século XVI [3] e, especificamente, nas ciências psicológicas em XIX [4], o que demonstra que se trata de uma ocorrência antiga no âmbito da ciência. Contudo, a preocupação com o plágio acadêmico parece ter crescido nos últimos anos, em especial, pelo aumento da discussão acerca da ética e da integridade científica na modernidade, bem como em função do atual caráter epidêmico que o fenômeno tem apresentado [3,5].Durante a educação básica, muitos estudantes aprendem que copiar o conteúdo de fontes precisas é fundamental à boa formação e bom desempenho. Ou seja, tentar ser o mais fiel possível ao material consultado era a garantia de um bom resultado escolar. No ensino superior, entretanto, os acadêmicos são desafiados a apropriar-se do material acadêmico, analisando e elaborando opinião crítica sobre o tema. É também neste nível de ensino que os discentes aprendem que, para atribuir certa relevância aos seus trabalhos acadêmicos, faz-se necessário a utilização de referências bibliográficas de obras consolidadas e de autoria de outros interlocutores em seus trabalhos, por intermédio do uso de citações [6]. Contudo, existem situações em que alguns autores fazem uso de material de outrem, sem o devido cumprimento à norma acadêmica...

Maternidade Prematura: A Experiência de Mães de Neonatos Internados na UTI Neonatal / Premature Maternity: The Experience of Mothers of Neonates Admitted to the Neonatal ICU

“…As análises a seguir foram construídas de forma monotemática, referentes à compreensão da experiência materna em ter um filho prematuro hospitalizado na UTIN, a partir do processamento dos dados realizados com auxílio do software IRAMUTEQ. Portanto, todas as discussões seguem a partir da interpretação da árvore de similitude (figura 01) e suas coocorrências das palavras e conexões existentes entre as evocações dos discursos (Maia, Araújo & Maia, 2017).…”

“…A tabela com a quantificação é denominada lexicometria, ou seja, apresenta quantas vezes cada palavra foi citada pelas participantes. Esse uso é importante para que se tenha uma visão mensurável dos léxicos, fornecendo um panorama auxiliar à árvore de similitudes, que é a base das análises realizadas (Maia, Araújo & Maia, 2017). O nascer e o morrer se encontram no mesmo ambiente, eliciadores de angústia, estresse e ansiedade, especialmente por não ser concebido pelos pais a morte de um filho.…”

Plágio na formação docente: o atalho dos dias atuais

“…Segundo Maia et al (2017), a prática do plágio já vem ocorrendo desde os tempos mais remotos pelos filósofos e no campo da ciência. Porém, de uns anos para cá, o assunto ganhou mais destaque por conta do grande número de casos e pelo aumento das discussões acerca da ética.…”

“…Segundo Maia et al (2017), acredita-se que o plágio ganhou mais destaque nos últimos anos por conta da necessidade de produzir e publicar mais textos, e o ato ocorre muito entre alunos e professores, principalmente pelo fato de o assunto ser pouco discutido entre eles.…”

Conhecimento de alunos brasileiros de Ensino Superior sobre plágio acadêmico

“…assim comoMaia et al (2017) não terem questionado aos voluntários se já foram incentivados a utilizar textos provenientes da Internet para produzir seus trabalhos durante o Ensino Médio ou Superior, os outros dois estudos evidenciam que a maior parte já foi estimulada. Faz-se necessário enfatizar que o problema não está em estimulá-los a produzir trabalhos a partir da rede, mas em não trazê-los a preocupação com o uso indevido desse conteúdo virtual desde o ensino básico e o fato de que o plágio não gera novos conhecimentos.…”