Piracicaba no século XIX: uma paisagem em mudança

Abstract

Busca-se com este artigo entender o processo de formação da paisagem rural de Piracicaba, cidade do interior de São Paulo que se tem destacado, desde o século XIX, por sua produção açucareira. Baseia-se em ampla e variada fonte documental-dados estatísticos, narrativas de viagem, manuais de agricultura, jornais e revistas-trabalhada de forma regressiva, isto é, a partir de fins do século XIX, quando as informações são mais abundantes e tem por hipótese principal a relação dialética entre dinâmica agrária e dinâmica de padrões paisagísticos. Insere-se em uma pesquisa mais ampla,

O Papel Do Ambiente Institucional Na Inovação Do Agronegócio: Análise Do Ecossistema De Piracicaba

“…Desde a sua fundação, em 1767, o desenvolvimento econômico do município confunde-se com o desempenho das atividades agropecuárias diante das suas condições geográficas, principalmente pelo solo de característica fértil. A produção açucareira, por exemplo, colocou o município em posição de destaque desde o século XIX.Maior detalhamento acerca do processo de formação da paisagem rural de Piracicaba pode ser verificado emLeonidio (2013).De acordo com Pezzotti (2021) em 1901, foi estabelecida na cidade a Escola Agrícola Prática de Piracicaba, hoje conhecida como Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq USP). Desde o início do século XXI, Piracicaba passou a se destacar também no desenvolvimento e consolidação de startups com foco em agricultura Gestão de Empresas) e que atua no fomento de negócios e acesso a investimento de capital semente para startups).…”

Riparian zones (PPAs) in the landscape of the sub-basins of the Corumbataí and Piracicaba rivers in front of the New Forest Code (NVPL) of 2012

“…Two distinct landscapes could be distinguished: the valley, following the course of the Piracicaba River, which was already relatively anthropomorphized, with subsistence agriculture and commerce, following population growth. The other landscape was on the ridges, in the high altitudes of the Corumbataí river basin, which was still largely maintained in its original state, been altered with the arrival of coffee in the region at the end of the century (Garcia, 2000;Leonidio, 2013).…”

“…Due to low technology at the time of slavery, sugarcane farms needed wood for mills to run, therefore it was common to maintain large areas of native forest on large properties. As a consequence, until the end of the 19th century, areas of natural vegetation still were found in large fragments in the region (Leonidio, 2013).…”

“…A further expansion of this crop took place, dues to internal demands and technological advances in the new sugarcane mills. As a result, native forest resources were no longer necessary for sugar production and were soon replaced by the crop, continuing this process of intense changes in use until the 1960s, when only a few fragile fragments of native forest remained in the landscape of the Piracicaba and Corumbataí river basins (Garcia, 2000;Leonidio, 2013).…”