Pessoas em Situação de Rua no Brasil: Revisão Sistemática

Sicari, Aline Amaral; Zanella, Andréa

doi:10.1590/1982-3703003292017

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“…Studies emphasize family con icts as one of the most relevant factors for individuals to go to the street (24,54). In this scenario, the work of Mabhala et al (38) corroborates the themes raised in this study.…”

Section: Adulthoodsupporting

confidence: 84%

Interpersonal Relationships and Drug Use Over Time Among Homeless People: a Qualitative Study.

Espíndola

Bedendo

Silva

et al. 2020

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Background: Homelessness is one of the most severe forms of social exclusion. It is characterized by processes of weakening of interpersonal bonds, being considered an important public health issue. The objective of this study is to elucidate how the interpersonal relationships changed over the life cycle of homeless drug and alcohol users. Method: We used the qualitative methodology. The participants were adults who had a history of homelessness and use of alcohol and other drugs at some point. The interviews were semi structured and used the timeline instrument. All of them were fully recorded, transcribed, and submitted to Thematic Analysis.Results: Twenty individuals participated in the study. Reports on social exclusion over time stood out in four large themes and their respective subthemes. Theme 1 – Childhood: participants reported instability in their upbringing, abuse, and violence, and regarded their father figure as not very present or absent. Theme 2 – Adolescence: school dropout and failure; acceptance of gender and sexual orientation; birth of first child, living together or getting married prevailed. Theme 3 – Adulthood: estrangement or conflicting relationship with family; health problems; drug trafficking and prostitution. Theme 4 – Cross-cutting factors: death of relatives and substance use. Conclusion: The results suggest that these interpersonal relationships are permeated by successive breakups, conflicts and other events that pile up over time, may start in childhood and cross the subsequent phases. Substance abuse and dependence are mentioned as cross-cutting factors that intensify social exclusion in all the phases of the life cycle.

show abstract

Section: Adulthoodsupporting

confidence: 84%

Interpersonal Relationships and Drug Use Over Time Among Homeless People: a Qualitative Study.

Espíndola

Bedendo

Silva

et al. 2020

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show abstract

“…Despite frequent alcohol and drug use of homeless persons have been already observed in Brazil and worldwide [20,26,82,83] and with higher infection risk to HIV and T. gondii in general population studies [41,84,85], there was no statistical association observed in the present study. Although one HIV-positive homeless person herein with multiple infections also declared himself as alcohol, marijuana, and skunk cannabis user, the other HIV-positive homeless persons denied alcohol and drug use.…”

Section: Discussioncontrasting

confidence: 69%

Serosurvey of anti-Toxoplasma gondii and anti-HIV antibodies in homeless persons of southeastern Brazil

Lg¹,

Pi²,

FFVd³

et al. 2020

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Background: Homeless persons have been described as one of the most vulnerable populations worldwide, with higher morbidity and mortality of diseases associated with HIV occurrence. Seroprevalence of Toxoplasma gondii and HIV has been extensively studied in other vulnerable populations, however, no study to date have focused on their concomitant seroprevalence in homeless persons. Accordingly, the present study aimed to assess the concomitant seroprevalence of anti-T. gondii and anti-HIV antibodies and associated risk factors in homeless persons in a daytime homeless shelter of São Paulo, southeastern Brazil. Methods: Anti-T. gondii antibodies were detected by indirect fluorescent antibody test and anti-HIV levels by chemiluminescence enzyme immunoassay, with positive samples confirmed by rapid immunoblot assay. Results: Overall, IgG anti-T. gondii seropositivity was found in 43/120 (35.8%) homeless persons, with endpoint titers varying from 16 to 1,024. The only two pregnant women tested were negative for IgM by chemiluminescence enzyme immunoassay, with normal parturition and clinically healthy newborns in both cases. There were no statistical differences in the risk factors for anti-T. gondii serology (p>0.05). Anti- HIV seropositivity was found in 2/120 (1.7%) homeless persons, confirmed as HIV-1. One HIV seropositive individual was also sero-reactive to IgG anti-T. gondii, and both were negative to IgM anti-T. gondii. One HIV positive person was also diagnosed with syphilis, tuberculosis and body lice presence, while the other never returned for assistance. No evaluation of anti- HIV risk factors has been made due to the low seropositive rate. Conclusions: The anti-T. gondii prevalence herein was lower than other Brazilian populations, likely related to predominant intake of processed food such as ready-to-eat and fast-food meals, and thus, low ingestion of fresh salad and raw meat. On the other hand, the anti- HIV seropositivity was higher than the average of the general Brazilian population, with 0.4%. Despite the low prevalence of anti-T. gondii in homeless persons, clinical manifestations may be aggravated in HIV positive individuals. To the author's knowledge, this is the first study of anti-T. gondii serosurvey in homeless persons concomitantly assessed with anti-HIV seropositivity.

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“…No caso das pessoas em situação de rua, observa-se que a sociedade os aborda considerando-as um risco e uma ameaça. Além disso, os serviços de assistência social ainda estão fundamentados no paradigma assistencialista e filantrópico, impedindo transformações assistenciais e culturais no sistema de cuidado, mantendo modos de subjetivação alienados (Sicari & Zanella, 2018). É necessário levar isso em conta, pois o estigma e a discriminação podem provocar nas pessoas em situação de rua sentimentos de autorrejeição e de baixa autoestima, tornando necessária a constante reafirmação de seu lugar como seres humanos e cidadãos (Sicari & Zanella, 2018).…”

Section: Discussionunclassified

“…Além disso, os serviços de assistência social ainda estão fundamentados no paradigma assistencialista e filantrópico, impedindo transformações assistenciais e culturais no sistema de cuidado, mantendo modos de subjetivação alienados (Sicari & Zanella, 2018). É necessário levar isso em conta, pois o estigma e a discriminação podem provocar nas pessoas em situação de rua sentimentos de autorrejeição e de baixa autoestima, tornando necessária a constante reafirmação de seu lugar como seres humanos e cidadãos (Sicari & Zanella, 2018). Isso pode ser observado nos relatos dos interlocutores-privilegiados que abordam as relações sociais prejudicadas com a sociedade quando as "madrinhas" (pessoas que auxiliam com doações de alimentação, vestuário, e materiais de higiene) deixam de ajudálos devido às consequências das imagens midiáticas a que são expostas.…”

Section: Discussionunclassified

“…Nesse sentido, nota-se que há um investimento midiático na reprodução de estereótipos negativos, ligando pessoas em situação de rua à criminalidade, à loucura e à pobreza, semeando o medo e a insegurança social. Essas ideias reforçam a viabilização de políticas públicas de higienização urbana, responsabilizando a justiça e segurança social, bem como a área da saúde, por tratamentos verticalizados (Sicari & Zanella, 2018;Hino et al, 2018).…”

Section: Discussionunclassified

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Direitos Humanos à saúde na perspectiva de pessoas em situação de rua

Pedron

Olschowsky

Silva

et al. 2020

RSD

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Objetivo: conhecer as percepções das pessoas em situação de rua sobre seus direitos humanos à saúde. Método: estudo qualitativo, exploratório-descritivo. As informações foram obtidas nos anos 2015 e 2016, mediante observação participante, com registro em diário de campo, e entrevistas semiestruturadas com quatro interlocutores-privilegiados. As análises foram realizadas conforme os passos da análise temática, sendo identificados 3 eixos temáticos: percepções sobre os direitos humanos à saúde e sociedade; percepções sobre direitos humanos à saúde e políticas públicas; e percepções sobre direitos humanos à saúde e estigmas sociais. Resultados: existe uma invisibilidade dos direitos das pessoas em situação de rua, não sendo reconhecidas como sujeitos de direito e em relação à saúde, que está diretamente ligada à participação ativa nos movimentos sociais para conhecer as prerrogativas dessa população. Nesse sentido, as políticas públicas são construídas e descontextualizadas em relação às inúmeras demandas das pessoas em situação de rua, devendo o estado e a sociedade garantir a elas condições vida digna e enfrentamento da exclusão e da invisibilidade dessa situação. Nesse aspecto, a burocracia aparece como algo ineficaz no que diz respeito a possibilitar uma vida mais digna, o acesso à saúde e aos direitos. Ademais, o estigma e o preconceito dirigidos às pessoas em situação de rua surge naturalizado, como se se tratasse de um grupo errado socialmente, o que contribui para o não reconhecimento de que são pessoas de direitos. Considerações finais: conclui-se que, para pensar a saúde, é necessário entender suas relações com os direitos humanos, ampliando o olhar sobre cidadania, sociedade, sistema de saúde, assistência social, bem como em relação às imagens da população em situação de rua e a seus estigmas sociais.

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Pessoas em Situação de Rua no Brasil: Revisão Sistemática

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Interpersonal Relationships and Drug Use Over Time Among Homeless People: a Qualitative Study.

Interpersonal Relationships and Drug Use Over Time Among Homeless People: a Qualitative Study.

Serosurvey of anti-Toxoplasma gondii and anti-HIV antibodies in homeless persons of southeastern Brazil

Direitos Humanos à saúde na perspectiva de pessoas em situação de rua

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