Com o aumento da demanda por alimentação saudável, o consumo de chás e especiarias, como hibisco, urucum e açafrão, tem crescido devido ao reconhecimento de seus compostos bioativos. Esses alimentos são ricos em antioxidantes, combatendo os radicais livres. Neste estudo foram pesquisadas matérias estranhas microscópicas em amostras de hibisco e especiarias embaladas na região metropolitana de Belo Horizonte, MG. Foram analisadas 38 amostras (20 de hibisco, 9 de urucum e 9 de açafrão) pelo método do frasco de Wildman, com óleo mineral como líquido de flotação, seguido de observação microscópica. Em 100% das amostras de hibisco, foram encontrados fragmentos, insetos inteiros e larvas. Nas especiarias, 66,7% (n= 12) continham matérias estranhas, como fragmentos de insetos, fibras de tecido e pelo, dentro dos limites tolerados pela Anvisa. Apesar de falhas nas práticas de armazenamento/processamento, não foram encontradas matérias estranhas prejudiciais à saúde humana. No entanto, destaca-se a necessidade de maior atenção dos produtores, comerciantes e órgãos fiscalizadores quanto à qualidade desses produtos, especialmente os relacionados às tendências dietéticas em ascensão entre os consumidores.