“…Destarte, nem mesmo durante a Revolução de 1817 falou-se sobre cidadania, mesmo que, segundo José Murilo de Carvalho (2006Carvalho ( , p. 2005, tenham se discutido "com mais clareza alguns traços de uma nascente consciência de direitos sociais e políticos". Suas lideranças preocuparam-se em falar sobre "patriotismo", termo hoje bastante esclarecido pela atual historiografia (VILLALTA, 2003;BERBEL apud JANCSÓ, 2003;, e não em "cidadania" ou "cidadãos". O patriotismo era pernambucano, isto é, fazia referência ao local de origem, uma vez que, no período da Independência, não havia, por esses brasis, sentimento de patriotismo no sentido empregado atualmente.…”
Section: A Cultura Vintista E Os Novos Hábitosunclassified
O texto discute as instabilidades políticas ocorridas em Pernambuco, província localizada na região norte do Brasil, no tempo da crise do Antigo Regime português. Em 1817, uma insurreição que se deu com muito derramamento de sangue e que foi motivada sobretudo pela cobrança excessiva de tributos, pela carestia e pela corrupção da corte portuguesa desafiou o monarca e instituiu uma república inspirada na revolução norte-americana, representando o primeiro traço de descolonização. Os novos ideários políticos de 1820 trouxeram uma cultura de liberdade que pôs em xeque a monarquia absoluta econduziria o Brasil ao rompimento com Portugal em 1822: uma vitória do grupo centralista que minou as expectativas autonomistas pernambucanas. O grupo centralista alinhou-se ao grupo do Rio de Janeiro, liderado por José Bonifácio, que pensou em uma independência com o poder centralizado em D. Pedro,enquanto o grupo de Gervásio Pires, formado por pessoas que lutaram em 1817, tinha pensamentos autonomistas, isto é, seguia o modelo federalista pensado em tal revolução.
“…Destarte, nem mesmo durante a Revolução de 1817 falou-se sobre cidadania, mesmo que, segundo José Murilo de Carvalho (2006Carvalho ( , p. 2005, tenham se discutido "com mais clareza alguns traços de uma nascente consciência de direitos sociais e políticos". Suas lideranças preocuparam-se em falar sobre "patriotismo", termo hoje bastante esclarecido pela atual historiografia (VILLALTA, 2003;BERBEL apud JANCSÓ, 2003;, e não em "cidadania" ou "cidadãos". O patriotismo era pernambucano, isto é, fazia referência ao local de origem, uma vez que, no período da Independência, não havia, por esses brasis, sentimento de patriotismo no sentido empregado atualmente.…”
Section: A Cultura Vintista E Os Novos Hábitosunclassified
O texto discute as instabilidades políticas ocorridas em Pernambuco, província localizada na região norte do Brasil, no tempo da crise do Antigo Regime português. Em 1817, uma insurreição que se deu com muito derramamento de sangue e que foi motivada sobretudo pela cobrança excessiva de tributos, pela carestia e pela corrupção da corte portuguesa desafiou o monarca e instituiu uma república inspirada na revolução norte-americana, representando o primeiro traço de descolonização. Os novos ideários políticos de 1820 trouxeram uma cultura de liberdade que pôs em xeque a monarquia absoluta econduziria o Brasil ao rompimento com Portugal em 1822: uma vitória do grupo centralista que minou as expectativas autonomistas pernambucanas. O grupo centralista alinhou-se ao grupo do Rio de Janeiro, liderado por José Bonifácio, que pensou em uma independência com o poder centralizado em D. Pedro,enquanto o grupo de Gervásio Pires, formado por pessoas que lutaram em 1817, tinha pensamentos autonomistas, isto é, seguia o modelo federalista pensado em tal revolução.
“…Esses movimentos não eram novidade em Pernambuco, província na qual teve êxito na chamada Insurreição Pernambucana no ano de 1645, onde foram expulsos os holandeses que controlavam tanto Pernambuco como outras províncias do Nordeste, a exemplo da Paraíba e do Rio Grande do Norte (VILLALTA, 2003).…”
Section: Contexto Históricounclassified
“…(ARRUDA, PILETTI, 2001) Mesmo fugindo para o Forte do Brum, o governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro foi preso pelos revoltosos, embora depois tenha conseguido embarcar num navio para o Rio de Janeiro. Os revolucionários também conseguiram prender outras autoridades da província e, com isso, proclamaram um novo governo em Pernambuco, sob o regime de uma República, que também tinha o intuito de se unir com outras províncias vizinhas, a exemplo da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará(VILLALTA, 2003).…”
RESUMO: Este artigo busca fazer uma análise histórica e jurídica da Revolução Pernambucana de 1817, fazendo uma comparação dos eventos que ocorreram durante o processo revolucionário com os aspectos do poder constituinte originário, a exemplo de sua natureza jurídica e social, titularidade, representatividade. Far-se-á esse estudo comparativo através da Lei Orgânica de 1817 na qual o Governo Provisório da nova República instalada em Pernambuco editou. Utilizando de opiniões de diversos constitucionalistas, o artigo vai fazer uma análise da inovação que a Lei Orgânica foi na evolução do Direito Constitucional brasileiro antes da Independência do Brasil.
RESUMO Este artigo tem por objeto as apropriações da história feitas pelos que se opuseram à Revolução Pernambucana de 1817. Parte das diferentes noções de história e dos tipos de experiências históricas então correntes no mundo luso-brasileiro, para analisar os personagens, fatos, períodos etc. da história profana e sagrada apropriados pelos contrarrevolucionários ou realistas em suas análises sobre a Revolução de 1817. Identifica uma linguagem (conceitos, procedimentos analíticos e até mesmo princípios) claramente inspirada pelas Luzes e, ao mesmo tempo, uma defesa da monarquia de Bragança, calcadas nas ideias de fidelidade à realeza e de honra dos vassalos.
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