Período Do Climatério: Sintomatologia Vivenciada Por Mulheres Atendidas Na Atenção Primária

Abstract

O climatério é uma fase que ocorre durante o ciclo vital da mulher, acompanhada por um conjunto de transformações fisiológicas, sociais e psicológicas. Representa o marco do envelhecimento feminino, influenciando consideravelmente na qualidade de vida por possuir um complexo de sinais e sintomas específicos. A pesquisa objetivou identificar as sintomatologias vivenciadas por mulheres no período do climatério, atendidas na atenção primária. Para isso, foi realizado um estudo exploratório e descritivo, com abordagem quantitativa, realizada em uma Unidade da Estratégia Saúde da Família, no município de João Pessoa/PB, tomando como amostra 50 mulheres com idades entre 40 e 65 anos. Avaliaram-se as características sociodemográficas e utilizaram-se o Índice Menopausal de Blatt & Kuperman (IBMK), que é capaz de identificar os sinais e sintomas do climatério e classificá-los conforme a intensidade: leve, moderado e intenso. Conclui-se que, das mulheres entrevistadas, 52% encontravam-se com idade inferior a 50 anos e 44% frequentaram a escola durante 9 anos. Com relação à intensidade dos sintomas do climatério, percebe-se que 48% apresentaram manifestações leves. Houve predominância de palpitações para leves (40%), cefaleia para moderado (24%) e artralgia/mialgia para grave (50%). Desse modo, espera-se que o estudo contribua para o despertar dos profissionais de saúde que atuam na unidade de saúde investigada, possibilitando um novo olhar para a saúde da mulher no climatério, numa perspectiva de estímulo ao autocuidado e a promoção à saúde.

Qualidade De Vida De Mulheres No Climatério Usuárias Da Atenção Primária À Saúde

“…Chama atenção o fato de que as mulheres com melhor QV foram aquelas na faixa etária de 61-65 anos. Nesse período pós menopáusico, os sintomas climatéricos marcantes costumam não estar mais presentes, assim como, possivelmente, as crises existenciais e relacionais já foram superadas, e a mulher também já tenha se acostumado com o novo padrão existencial relacionado ao envelhecimento, sabendo degustar os momentos que a vida proporciona, sem muitas exigências (PEIXOTO et al, 2020).…”

Assistência de enfermagem à mulher no climatério e menopausa: estratégia de inclusão na rotina das unidades básicas de saúde

“…As mulheres neste período não compreendem o momento em qual estão passando, os sinais sintomas são muito confusos, ficam nervosas com a família, sentem vergonha, não conseguem resolver seus dilemas. Sendo assim, o climatério tem uma influência negativa na vida das mulheres que passam por este período, mesmo que achemos que o mundo está em crescente desenvolvimento, este assunto ainda é muito tabu no meio feminino, o que ocasiona uma desmotivação na busca pela qualidade de vida, abalando o emocional, o trabalho e a convivência familiar (PEIXOTO et al, 2020). Outra dificuldade encontrada é a vivencia da sexualidade, com a alteração dos hormônios estas mulheres tendem a não conhecer as alterações no corpo, tais como as atrofias sexuais, secura vaginal, e acabam criando conflitos com seus parceiros e perdem o interesse pela sexualidade (BRASIL, 2020).…”

As Interfaces Produzidas Pela Ambiência Em Uma Unidade Básica De Saúde Em Cidade De Médio Porte No Interior De Minas Gerais

“…Assim, levando em consideração que as mulheres climatéricas representam uma parcela da população marcada pelo período de transição desafiador das condições de saúde (JASPERS et al, 2015) e, apesar de necessitarem de cuidados adaptados às necessidades individuais, parte dos profissionais de saúde que prestam assistência a essas mulheres dão pouca atenção às singularidades e individualidades dessa etapa do ciclo reprodutivo (HOGA et al, 2015). Desse modo, espera-se um despertar dos profissionais de saúde que atuam na APS, possibilitando um novo olhar para a saúde da mulher no climatério, numa perspectiva de estímulo ao autocuidado e a promoção à saúde (PIMENTA et al, 2020;PEIXOTO et al, 2020).…”