“…Por meio da visibilidade concreta da infraestrutura tecnocientífica, o centro da ciência é, geralmente, indicado. Tudo o que se coloca em desalinho com aquela estrutura de bancadas, pipetas, cabos, máquinas e aceleradores de partícula é lido como potencialmente incapaz de acompanhar o suposto núcleo avançado do desenvolvimento científico e tecnológico, ainda que não se considere os resultados concretos nem dos equipados laboratórios centrais ou daqueles periféricos, supostamente "em falta" (Toledo Ferreira, 2019). Nesse sentido, a infraestrutura é tornada como um indicador de atraso ou avanço científico sem que, no entanto, tenha qualquer relação com o que de fato é produzido nesses espaços, sejam "centrais" ou "periféricos" (Calkins, 2021;Ureta, 2021).…”