Objetivou-se testar a hipótese de associação entre o consumo leve ou moderado de álcool, em comparação com nenhum consumo ou consumo excessivo e a síndrome metabólica em homens e mulheres de Salvador, Bahia, Brasil. Foi realizado um estudo transversal, com homens e mulheres com idade ≥ 20 anos. O consumo de álcool foi classificado em três categorias: uso excessivo, incluindo três ou mais doses por dia ou 21 ou mais doses por semana (1 dose correspondente a 14g de etanol), uso leve/moderado – consumo abaixo do descrito e sem consumo, onde os abstêmios foram os que não consumiram nos últimos 12 meses. A amostra final resultou em 1.333 indivíduos. Na regressão logística, a taxa de prevalência ajustada de consumo extremo de álcool e síndrome metabólica para mulheres foi de 1,35 (IC 95% 0,95-1,82). Para os homens, a razão de prevalência ajustada foi de 1,17 (IC 95% 0,77-1,71). Os fatores de confusão, que foram apresentados com uma associação estatística significativa foram estado civil para ambos os sexos e sedentarismo para homens. Entre as mulheres, a tendência foi tornar a associação entre as mais abstêmias, consumidoras úteis e SM. Nossos dados levantam a questão da situação conjugal com o provável fator de risco cardiovascular; uma variável que pode ser mais investigada em estudos futuros.