Perfil histológico e imuno-histoquímico das pacientes com câncer de mama operadas no Hospital Santa Casa de Curitiba no período de 2014 e 2015

Abstract

Objetivos: Identificar tipo histológico e perfil imuno-histoquímico das pacientes operadas por câncer de mama no Hospital Santa Casa de Curitiba. Correlacionar se os tipos histológicos mais agressivos são também de pior prognóstico imuno-histoquímico. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional e analítico com 26 pacientes, no qual foram avaliadas as variáveis: sexo, idade, histologia, painel imuno-histoquímico (luminal A, luminal B, HER2 positivo e triplo negativo). Resultados: O sexo mais prevalente foi o feminino (96,2%), a média de idade foi 58 anos, o tipo histológico mais encontrado foi carcinoma ductal invasor (57,7%). No painel imuno-histoquímico a prevalência foi do subtipo luminal A (53,8%) seguidos pelos luminal B (30,8%), HER2 positivo (7,7%) e triplo negativo (7,7%). Na análise da relação histológica e imuno-histoquímica 57,1% dos carcinomas ductais invasores são luminais A e o carcinoma pouco diferenciado é triplo negativo. Os mistos foram distribuídos em luminal A (66,7%) e luminal B (33,3%). Os mucinosos dividiram-se igualmente em luminal A, luminal B e triplo negativo. O lobular invasor teve distribuição igual entre luminal A e B. Conclusões: O sexo feminino foi o mais prevalente, a média de idade apresentou um platô acima do encontrado na literatura, o tipo histológico mais incidente nas pacientes acompanhadas foi o carcinoma ductal invasor. No painel imuno-histoquímico a prevalência foi do subtipo luminal A, seguidos pelos luminal B, HER2 positivo e triplo negativo. Os tipos histológicos menos agressivos são mais comuns e também apresentam perfil imuno-histoquímico de melhor prognóstico e os mais agressivos são de pior prognóstico e menos responsivos aos tratamentos.

Epidemiological profile of breast cancer in a reference hospital in the North Region

“…This study showed that IDC was the most frequent type -83.33% of cases -followed by IDC associated with ductal carcinoma in situ (DCIS) -5.26% -, and DCIS -2.63%. Comparing these results with the study by Raffo et al 22 , we found similar data related to frequency, since, in their work, IDC was the most common type, followed by the mixed one. The difference between the two studies was that, in the first, DCIS held the third position, and in the second, this position belonged to mucinous carcinoma, with 11.5%.…”

Impact of the immunohistochemical panel onpatients with breast cancer diagnosis cared for ina referral hospital in the state of Amazonas

“…In the present study, 87.6% had this same histological type. Data referring to the immunohistochemical panel of the patients analyzed are in agreement with a study that demonstrated that most of the patients analyzed had luminal A 14 .…”

Perfil histopatológico e molecular do câncer de mama em mulheres assistidas em centro de oncologia do Agreste Pernambucano

“…Os marcadores imuno-histoquímicos são comumente usados para definição do tratamento e estabelecimento do prognóstico da doença, associados a variáveis clínicas e patológicas, tais como o envolvimento linfonodal, tamanho do tumor, tipo histológico, grau do tumor e margens cirúrgicas (17,18 Na associação dos tipos histológicos e perfis imuno-histoquímicos, é apresentado na literatura que a maior parte dos carcinomas ductais invasivos são luminais A, discordando de nosso estudo, que mostrou prevalência de carcinoma ductal invasivo luminal B-HER2 negativo, evidenciando um perfil de mulheres com pior prognóstico, em relação ao subtipo luminal A (20,21). Seis lobulares invasores neste estudo foram iguais quanto a prevalência entre luminal A e luminal B, concordando com os dados encontrados por Raffoet al (22). Foi observado que 8,25% dos carcinomas ductais invasivos apresentaram-se como o subtipo triplo negativo, associado a um difícil tratamento, já que não responde a hormonioterapia nem ao anticorpo monoclonal e possui resposta variável aos quimioterápicos (23).…”