Perfil etiológico e epidemiológico das vulvovaginites que acometem mulheres em uma cidade do estado de Tocantins

Abstract

Objetivo: Analisar a etiologia e a epidemiologia da microbiota vaginal das mulheres de uma cidade do estado do Tocantins. Métodos: As amostras coletadas foram cultivadas em meio Ágar Sangue enriquecido com Ágar Base Columbia em atmosfera microaerófila e Ágar Sabouraud Dextrose. Foram incubadas a 35°C por 60 horas para diferenciar contaminantes GRAM negativos utilizou-se o Ágar Macconkey. Foram produzidos esfregaços com coloração de GRAM. As amostras com crescimento de colônias no Ágar Sangue foram submetidas ao teste de catalase e, posteriormente, teste de fermentação de açucares, utilizando o meio Triple Sugar Iron. Para a diferenciação de leveduras, as colônias passaram pela Prova do Tubo Germinativo. Resultados: Foram identificadas a bactéria Gardnerella vaginalis e o fungo Candida albicans em 4 % e 7%, respectivamente. Detectamos a presença de cocos e diplococos Gram positivo, lactobacilos, bacilos curtos e células leveduriformes. Conclusão: Contribuiu para a compreensão do perfil epidemiológico da saúde vaginal das mulheres dessa região, uma vez que em todo o estado não há estudos da microbiota vaginal, suprindo a carência de conhecimento científico regional sobre a ocorrência destas doenças e, consequentemente, a melhoria dos serviços de saúde prestados a essas pacientes.

Prevalência da Gardnerella vaginalis em exames de colpocitologia no Município de Colméia – Tocantins, Brasil

“…Divergindo com outros artigos (Darck, 2021& Rebouças, 2022) evidenciaram a constatação da maior predominância dessa patologia em mulheres acima de 41 anos, este número pode estar relacionado a fase da menopausa por uma redução na colonização vaginal por lactobacilos e o aumento do pH (Santana, 2021). É primordial a estabilidade e homeostase da vagina, entretanto ela adquire a capacidade de se tornar suficientemente agressiva, se tornando prevalente na flora vaginal, causando o desequilíbrio microbiano local, consequentemente causando alterações infecciosas (Alves, 2021). Quando a mulher inicia o período da menopausa, decorre a diminuição do estrogênio, o epitélio vaginal converte-se e se torna mais delgado acarretando a diminuição ou a ausência de glicogênio.…”

Prevalência de vulvovaginites em mulheres da zona rural

“…Os dados epidemiológicos revelam que as vulvolvaginites é a causa mais frequente de mulheres com queixa de corrimento vaginal. Além disso aquelas mulheres que não relatam sintomas, as vulvovaginites podem representar cerca de 10% a 30% (Alves et al, 2021). As mais acometidas são aquelas que possuem baixa renda, e consequentemente dificuldade no acesso aos serviços básicos de saúde (Carvalho & Brito, 2005).…”